ASSASSINADO

Ato cobra respostas para a morte do estudante da UFPB morto em João Pessoa

A atividade ocorre na Praça da Alegria da UFPB, às 19h; acompanhe o caso

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
Reprodução - Arquivo pessoal

Um ato em homenagem ao estudante Clayton Tomaz de Souza, conhecido como Alph, ocorre nesta terça-feira (18), às 19h, na Praça da Alegria, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A atividade cobra respostas para o assassinato do jovem, que foi encontrado morto no dia 8 de fevereiro.

O estudante era uma das vozes mais ativas do movimento estudantil da universidade e várias vezes denunciou a amigos e nas redes sociais perseguições que sofria por parte dos seguranças da UFPB. “O fato é que a minha vida está em risco, galera. Qualquer hora dessas, esses caras dão cabo de mim”, disse o estudante em uma rede social. Familiares e amigos cobram respostas para o crime.

Desde o dia 6 de fevereiro, Alph era dado como desaparecido. No dia 8, o corpo dele foi encontrado pela polícia em Gramame, em João Pessoa, e apenas nessa segunda-feira (17) a família, que mora em Arcoverde, no interior pernambucano, pode reconhecer o filho. 

Indignação

O sentimento de indignação tomou conta dos estudantes e militantes da cidade. Foram compartilhadas várias postagens em homenagem ao jovem e pedindo justiça . O Diretório Central dos Estudantes da UFPB publicou nota lamentando o ocorrido.

“O DCE da UFPB lamenta a morte do estudante de filosofia Alph Tomaz, ex-coordenador geral de nossa entidade na gestão 'Pra Frente' nos anos de 2016 e 2017, sendo também presidente do Centro Acadêmico de Filosofia por três anos. Alph foi conselheiro estudantil do Consuni (Conselho Superior Universitário) por dois anos e membro estudantil na comissão da revisão estatutária da UFPB (Estatuinte) pelo CCHLA (Centro de Ciências Humanas Letras e Artes). As diferenças políticas nesse momento são insignificantes, pelo tamanho da perda do Movimento Estudantil da UFPB no dia de hoje, desejamos conforto aos familiares e amigos(as). Quando um(a) estudante morre todos(as) nós sofremos, pois é a interrupção de sonhos e metas comuns a todos(as) nós estudantes que fazemos parte da UFPB”.

Outro lado

Segundo SaintClair Avelar, superintendente de segurança da UFPB, não cabe à instituição se pronunciar, e sim acompanhar a investigação da polícia.

“A administração lamenta profundamente a morte violenta de um estudante universitário. Mas nós não podemos e nem temos nenhum tipo de declaração a dar enquanto a polícia não concluir as investigações. Essa história de dizer ‘estava sendo ameaçado pelos seguranças' não existe um boletim de ocorrência feito por esse estudante ou qualquer outro relatando esse tipo de ameaça. A segurança da UFPB é feita pra proteger o patrimônio da instituição”.

Vídeos

Nas redes sociais, relatos de seguranças armados e agindo de forma truculenta na universidade passaram a ser compartilhados depois da revelação da morte de Alph e das denúncias de perseguição.

O Brasil de Fato Paraíba tentou contou com a empresa Interforte, responsável pela segurança no Campus I da UFPB, mas não houve retorno até a publicação da reportagem. 

Também não conseguimos retorno do delegado Paulo Josafá, responsável pelas investigações.
 

Fonte: BdF Paraíba

Edição: Cida Alves