Diversidade

Pela primeira vez, uma travesti é eleita presidenta da associação de entidades LGBTs

Apenas homens gays haviam liderado a ABGLT, que reúne 300 organizações de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais

Brasil de Fato| São Paulo (SP) |

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Não é a primeira vez que Symmy Larrat protagoniza a vanguarda do movimento trans
Não é a primeira vez que Symmy Larrat protagoniza a vanguarda do movimento trans - Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

A paraense Symmy Larrat, 38 anos, foi eleita presidenta da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT), na última semana. 

É a primeira vez que uma travesti ocupa o cargo da associação fundada em 31 de janeiro de 1995. Até o momento, apenas homens gays haviam ocupado a liderança da entidade.

A associação reúne mais de 300 entidades LGBTs, e está presente em todos os estados do país.

Na página da ABGLT no Facebook, Symmy comemorou o resultado da eleição ao lado da vice-presidenta, Heliana Hemeterio dos Santos, lésbica e negra. "Com essa eleição a ABGLT manda uma nova mensagem: nós da ABGLT não compactuaremos com nenhum tipo de opressão, como o machismo e lutaremos contra a transfobia e todas forma de violência contra orientação sexual e identidade de gênero", disse ao citar que o momento é de união contra o recrudescimento da pauta LGBT no país.

Não é a primeira vez que Larrat protagoniza a vanguarda do movimento trans. Em 2015, durante o governo Dilma Rousseff, Symmy foi a primeira travesti a ocupar a função de coordenadora-geral de Promoção dos Direitos LGBT da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Após o golpe parlamentar, no entanto, Symmy entregou o cargo.

Na cidade de São Paulo, foi coordenadora do programa Transcidadania da Prefeitura na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad. Symmy também é a secretária da recém-criada Secretaria Setorial Nacional LGBT do Partido dos Trabalhadores.

Edição: Vanessa Martina Silva