Resistência

Movimentos populares convocam ato nacional pela liberdade de Lula nesta quarta (11)

"Nós não vamos aceitar isso calados, nossa bandeira principal é Lula livre", afirma dirigente da CUT

Brasil de Fato | Belém (PA) |
Ações nacionais pelas frentes de esquerda estão marcadas para o dia 11, nesta quarta-feira
Ações nacionais pelas frentes de esquerda estão marcadas para o dia 11, nesta quarta-feira - Ricardo Stuckert

“O centro da nossa ação nesse momento é a liberdade do ex-presidente Lula”, afirma Milton Rezende, dirigente da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT-SP) sobre o ato nacional marcado para esta quarta-feira, 11, pelos movimentos populares e centrais sindicais, que integram as Frentes Brasil Popular e o Povo Sem Medo.

Rezende considera que a prisão do ex-presidente é a continuação do golpe de 2016, tendo o seu início com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O ato nacional também tem como objetivo alertar a população que a democracia está ameaçada e pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nós não vamos aceitar isso calado a nossa bandeira principal agora, no próximo período é Lula livre e queremos construir no dia 11 um ato para pressionar o STF a julgar a liminar onde a gente pede a inocência do presidente Lula”, sustenta.

A liminar que o dirigente se refere é para suspender a prisão até que o Supremo julgue o mérito das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs). O ato, chamado de "Dia Nacional de Mobilização em Defesa da Liberdade de Lula" irá ocorrer na mesma data da próxima sessão do STF.

No sábado (7) Lula se apresentou à Superintendência da Polícia Federal para cumprir o mandado de prisão emitido pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro. Desde que foi emitido o mandado de prisão, na quinta-feira (5), militantes e manifestantes se dirigiram até o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, onde estava o ex-presidente, para prestar solidariedade.

Em nota, a Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo avaliam que a prisão de Lula não está desvinculada da questão democrática e, portanto, consideram que o ex-presidente é um preso político, avaliação que Pedro Gorki, dirigente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), também compartilha.

"A prisão de Lula é uma prisão política. O nosso papel é dizer que a gente não aceita mais um Brasil de ditadura, de estado de exceção, e é nesse momento, no dia 11, é nesse momento de luta política daqui por dia será o seguinte: luta política para virar esse jogo”, acrescenta.

A Frente Internacional Brasileiros Contra o Golpe convoca atoa em diferentes partes do mundo contra a prisão de Lula. Já aconteceram atos em Nova York, Paris, Buenos Aires, Berlim, Santiago, Washington, Bogotá, Oslo, Londres, Cidade do México, Barcelona. Hoje acontecerão manifestações em Roma, Lisboa e Rund. Amanhã novos atos estão marcados em Nova York, Madri e Dublin. No dia 11, em Bruxelas e outro ato em Londres e no dia 14, em Frankfurt.

Edição: Diego Sartorato