Dia do Basta

Centrais sindicais realizam paralisações contra a perda de direitos em todo país

Paralisações e marchas em diversos locais do Brasil lutam contra a perda de direitos e apoiam candidatura Lula

Brasil de Fato| São Paulo (SP) |
Mobilização conta com a participação da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB, Intersindical e Conlutas
Mobilização conta com a participação da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB, Intersindical e Conlutas - Gibran Mendes

Convocado pelas centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, o Dia do Basta ocorre em todo o Brasil, nesta sexta-feira (10), com diversas paralisações, atrasos de turno e marchas. Com o objetivo de lutar contra a perda de direitos que ocorre no Brasil desde o golpe parlamentar de 2016, a mobilização também busca apoiar o direito a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba (PR). 

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A iniciativa, aprovada em 6 de junho, no Fórum das Centrais, conta com a participação da CUT, CTB, Força Sindical, UGT, Nova Central, CSB, Intersindical e Conlutas. Os atos pretendem chamar a atenção dos trabalhadores e da sociedade para os graves problemas que o país está passando, como desemprego e a retirada de direitos sociais.

Entre as motivações para a mobilização estão a retomada do poder da Petrobrás e a questão do desemprego e o apoio ao presidente Lula pela capacidade que ele possui de barrar a perda de direitos. "É importante a volta da geração de emprego. Com essa reforma trabalhista, o desemprego e a precarização da mão-de-obra só vai se acentuar e o Lula pode mudar este quadro. Tem a reforma da Previdência também e dependendo de quem for eleito poderemos ter uma votação neste sentido, no próximo semestre", explica a secretária estadual de comunicação da CUT, Adriana Oliveira Magalhães.

"Eu também sou bancária. A categoria bancária está em campanha salarial e a gente se juntou a essa mobilização", afirma a dirigente que lembra ainda das altas taxas de lucros dos bancos. Magalhães também destaca que o atual governo de Michel Temer (MDB) quer abrir ainda mais o setor para capital privado, o que prejudicaria ainda mais a situação dos trabalhadores. 

Atos

Uma das principais mobilizações ocorre na Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo. A concentração aconteceu a partir das 10h, em frente a sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), e reuniu categorias como bancários, servidores públicos, químicos, petroleiros e eletricitários.

Os metalúrgicos do ABC realizam assembleia no pátio da Mercedes-Benz. No interior do estado e na Grande São Paulo, os trabalhadores dos transportes, ligados a sindicatos filiados à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), paralisam as atividades no período da manhã. Os petroleiros de São Paulo fazem atrasos de turnos.

Em Fortaleza uma caminhada pelas principais ruas da cidade marcou a mobilização desta sexta. Em Salvador, paralisações ao longo da manhã foi seguida de uma caminhada no Comércio (Mercado Modelo). Em Vitória, aconteceu uma carreata pelas principais avenidas da capital capixaba até a Praça Costa Pereira, no centro da cidade. Na Praça, advogados explicaram à população os efeitos da cruel reforma trabalhista. Em São Luís, aconteceu uma grande mobilização e paralisação na barragem do Bacanga em frente a UFMA (Universidade Federal do Maranhão). 

Em Campo Grande, acontece passeata, com concentração no centro da cidade. Nenhuma escola vai funcionar no Dia Nacional do Basta em todo o estado. Em Porto Alegre, ocorre uma concentração em frente à sede da Fecomércio. Depois, os manifestantes sairão em caminhada até a Praça da Matriz, onde será realizado um ato em frente ao Palácio Piratini. Diversas outras cidades pelo país também realizaram atos semelhantes contra o desmonte de direitos e a defesa da democracia.

Edição: Luiz Felipe Albuquerque