SOLIDARIEDADE

Movimentos populares do Haiti denunciam em ato e carta a prisão de Lula

“A prisão de Lula é uma estratégia da direita e dos interesses imperialistas”, diz a declaração

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Ato pede libertação de Lula e apoia a luta dos militantes em greve de fome
Ato pede libertação de Lula e apoia a luta dos militantes em greve de fome - Reprodução

A Escola de Formação Política Charlemagne Peralte, os movimentos sociais do capítulo ALBA-Haiti e da Via Campesina Haiti enviaram na terça-feira (14) uma declaração conjunta se solidarizando com os movimentos populares do Brasil e pedindo a liberdade de Luiz Inácio Lula da Silva. Além da declaração, também realizaram um ato em solidariedade ao ex-presidente e aos militantes em greve de fome que pedem sua liberdade.

Continua após publicidade

“Para nós do Haiti, dos movimentos sociais, é muito importante nos solidarizar com a luta do povo brasileiro, sobretudo, nessa conjuntura de agressão imperialista e da classe dominante, que tenta apagar as conquistas democráticas e atacam brutalmente os trabalhadores e o povo brasileiro”, explica o professor Camille Chalmers, secretário da Plataforma Haitiana pela Defesa de um Desenvolvimento Alternativo (Phada) e integrante do Jubileu das Nações Unidas para o país.

Um dos signatários da carta, Chalmers afirma que a prisão de Lula é uma operação política e totalmente ilegal. “[Nós] queremos que Lula seja candidato à Presidência, porque a classe trabalhadora do Brasil deve voltar a dirigir o país para contestar a ofensiva imperialista e a brutal ofensiva da direita no Brasil. Todos os povos da América Latina estão juntos nesse combate”, completa.

A “Declaração sobre o encarceramento de Luiz Inácio Lula da Silva”, lançada um dia após o registro da candidatura de Lula por 50 mil militantes em Brasília, aponta que “a prisão de Lula é uma estratégia da direita retrógrada que atua de acordo com os interesses imperialistas, especialmente dos Estados Unidos”.

“Decidimos nos colocar em pé, junto a toda forma de resistência para a liberação do líder politico do povo brasileiro. Globalizemos a luta! Globalizemos a esperança!”, conclui a declaração.

Leia abaixo a íntegra da nota (em espanhol):

"Papaye, Haiti 14 de Agosto 2018
DECLARACIÓN ANTE EL ENCARCELAMIENTO DE LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
MOVIMIENTOS SOCIALES VIA CAMPESINA Y ALBA CAPÍTULO HAITÍ
LEKOL FÒMASYON POLITIK CHARLEMGNE PERALTE

La Escuela de Formación Política Charlemagne Peralte, los Movimientos sociales del capítulo ALBA-Haití y de la CLOC -Vía Campesina-Haití, enviamos un saludo con fuerza y coraje a los movimientos sociales de Brasil en la lucha que desarrollan cada día para exigir la liberación del ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Levantamos nuestros puños bien en alto para apoyar la lucha de la clase trabajadora brasilera que pelea por esa reivindicación. La prisión de Lula es una estrategia de la derecha retrógrada que actúa bajo los intereses imperialistas, principalmente de los Estados Unidos. Las organizaciones haitianas que luchamos por acabar con el sistema de dominación, explotación y exclusión de las masas populares, declaramos:

El encarcelamiento de Lula es una operación política de la derecha para impedir que la lucha por la democracia popular avance en Brasil.
Todas las mentiras que la prensa dominante hace sobre las espaldas de Lula no tienen ningún fundamento ni prueba. Por el contrario, son una maniobra de los países imperialistas para impedir la emancipación y la lucha popular en América Latina.
Decidimos ponernos de pie junto a toda forma de resistencia para la liberación del líder político del pueblo brasilero. Por esto, los movimientos sociales del ALBA y la Vía Campesina hemos realizado una movilización para solidarizarnos con la clase trabajadora brasilera y pedir a la justicia por la liberación de Lula.

¡GLOBALICEMOS LA LUCHA!
¡GLOBALICEMOS LA ESPERANZA!
¡LOS PUEBLOS QUE LUCHAN JAMAS PERDERÁN LA BATALLA!


Para la autencidad de las organizaciones :
Chavannes Jean-Baptiste
Doudou Pierre Festil
Juslene Tyresias
Camille Chalmers"

Edição: Cecília Figueiredo