Educação

Matrículas nos cursos de graduação a distância quadruplicaram em 10 anos

A avaliação está no Censo da Educação Superior divulgado, nesta quinta-feira (20), pelo INEP

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Levantamento aponta que, no ano passado, as matrículas à distância registraram crescimento de 17 por cento
Levantamento aponta que, no ano passado, as matrículas à distância registraram crescimento de 17 por cento - adriencl / Creative Commons)

Entre 2007 e 2017, as matrículas nos cursos de graduação à distância aumentaram mais de 4 vezes, no Brasil, enquanto o crescimento no ensino presencial cresceu menos da metade, no mesmo período.

É o que mostra o Censo da Educação Superior divulgado nesta quinta-feira, pelo INEP, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.

O levantamento aponta que, no ano passado, as matrículas à distância registraram crescimento de 17 por cento em relação ao ano anterior. Mas no ensino presencial, caíram pelo segundo ano seguido.

Por modalidade, as matrículas em Licenciatura- curso superior para a formação de professores - correspondem a 19% do total de oito milhões de matriculados em 2017.

Para o ministro da Educação, Rossieli Soares, o ensino à distância para a formação de professores é importante para o acesso ao ensino superior.

O censo mostra, ainda, que mais de 46 por cento dos estudantes de licenciatura estavam matriculados em cursos à distância. E as mulheres são as que mais cursam o ensino superior e as que mais concluem também.

Em 2017 foram oferecidos mais de 35 mil cursos de graduação e mais de dez milhões de vagas, entre novas e remanescentes, aquelas que sobram após a desistência de alunos. Segundo o ministro, as vagas ociosas precisam ser aproveitadas e, para isso, o MEC pretende abrir o Sisu Transferência, no ano que vem.

O levantamento mostrou que entre todos os estudantes de ensino superior, no ano passado, 75 por cento frequentavam instituições particulares e 46 por cento deles tinham bolsa ou algum financiamento estudantil.

O número daqueles que entraram pelo ProUniI aumentou nos últimos anos, enquanto os financiados pelo Fies caiu desde 2015.

Edição: Radioagência Nacional