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Em PE, Comitê Estadual pela Paz na Venezuela realiza debate

Atividades semelhantes aconteceram em vários estados brasileiros

Recife (PE) | Brasil de Fato Pernambuco |
Estiveram presentes no debate cerca de 60 pessoas
Estiveram presentes no debate cerca de 60 pessoas - Paulo Mansan

A atual conjuntura da Venezuela, tem provocado inquietações e questionamentos por todo o mundo. Na noite desta sexta-feira (08), ocorreu no Armazém do Campo, no Recife, um debate político intitulado “O que está acontecendo na Venezuela?”.

Estiveram presentes no debate cerca de 60 pessoas, e participaram da composição da mesa o deputado estadual João Paulo (PC do B), observador internacional nas eleições 2018; o jornalista Jônatas Campos, ex-correspondente do Opera Mundi, da Caros Amigos e do Brasil de Fato em Caracas; o economista e militante da Consulta Popular Pedro Lapa, e a Cônsul da Venezuela no Recife, Sônia Alvarado.

Atividades semelhantes a esta aconteceram em vários estados brasileiros, a partir de uma mobilização do Comitê Nacional pela Paz na Venezuela. Para a Cônsul esses comitês tem dado grande apoio e possuem um importante papel para que se fale a verdade sobre o que está acontecendo na Venezuela. “É muito o que a grande mídia diz e a gente fica desconhecendo a verdade. Dizem que estamos vivendo uma ditadura, num país em que ocorreram vinte e cinco eleições. Em nenhum país no mundo houve tanta eleição para eleger um candidato. Não é uma ditadura quando o povo é quem decide”, disse.  

Para o deputado estadual João Paulo, “há um pacto entre a mídia comercial e alguns setores da economia contra a implementação de uma política e há o interesse internacional apoiando essas forças para se apropriarem da Venezuela, que tem a maior reserva de petróleo e de ouro do planeta”. Já para Jaime Amorim, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), “além da questão mineral, há também a questão geopolítica, eles sempre transformaram a América Latina no quintal da casa dos americanos”. Para Jaime, a questão da Venezuela tem que ser permanentemente debatida, pois faz parte de um processo mais amplo, e que colocá-la de maneira isolada e fragmentada internamente é o que o imperialismo vem tentando fazer, para fragilizar todo um processo histórico construído. Em concordância o frei Marcelo Barros afirma que “eles não querem acabar com a Venezuela apenas, eles querem acabar com a possibilidade de uma América Latina unida e qualquer possibilidade de integração”. 

O economista Pedro Lapa comentou que a conformação do poder na Venezuela se dá de maneira distinta ao que estamos habituados, a partir da maneira que se construiu o processo democrático, já que lá eles tem o poder executivo, o poder legislativo, o poder judiciário e ainda o poder eleitoral e o poder popular, “o poder popular vai além do que estamos acostumados a ver aqui no Brasil e ele permite enfrentamentos absolutamente relevantes. É o fortalecimento do povo.”
Dando continuidade as atividades, o Comitê Pernambucano pela Paz na Venezuela realizará o próximo evento de solidariedade à Venezuela, no dia 14 de fevereiro às 16h, no Consulado Venezuelano no Recife.

Edição: Monyse Ravenna