Investigação

Suspeito de clonar carro usado na morte de Marielle foi executado, diz jornal

De acordo com o inquérito, Lucas do Prado Nascimento da Silva pode ter sido assassinado como "queima de arquivo"

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

Ouça o áudio:

Homenagens a Marielle Franco no dia 14 de março de 2019, um ano após o assassinato
Homenagens a Marielle Franco no dia 14 de março de 2019, um ano após o assassinato - Miguel Schincariol / AFP

De acordo com informações publicadas no jornal O Globo na manhã desta segunda-feira (18), Lucas do Prado Nascimento da Silva, conhecido como Toddynho e suspeito de clonar o carro usado no assassinato de Marielle Franco (PSOL), foi executado em abril do ano passado. A Delegacia de Homicídios (DH) do Rio de Janeiro (RJ) investiga o caso e considera a hipótese de "queima de arquivo".

Toddynho teria sido executado quando fazia a entrega de outro carro, também clonado, na Zona Oeste do Rio.

:: Especial: Como assim, mataram a Marielle? :: 

No último ano, a Polícia Civil identificou pelo menos três mortes que podem ter relação com o assassinato da vereadora Marielle e do motorista Anderson Gomes. O mais conhecido é o do líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, o Alexandre Cabeça, de 37 anos, morto com vários tiros na Taquara, também na Zona Oeste. Cabeça atuava colaborador informal do vereador Marcelo Siciliano (PHS), mencionado no inquérito que apura a morte da parlamentar do PSOL.

Ainda segundo O Globo, os investigadores também apuram se há ligação entre a morte de Marielle e a do empresário Marcelo Diotti da Mata, assassinado no mesmo dia no estacionamento de um restaurante na Barra da Tijuca, Zona Sul do Rio de Janeiro. Marcelo era marido da ex-mulher de Cristiano Girão, acusado de chefiar a milícia da Gardênia Azul, na Zona Oeste. Com a prisão dele, o miliciano Ronnie Lessa, suspeito de executar Marielle, teria assumido o controle daquela comunidade.

Edição: Daniel Giovanaz