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Em Curitiba, ato reúne movimentos populares, ambientalistas e indígenas

“Greve global pelo Clima” é uma forma de protesto contra a destruição ambiental.

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Desde janeiro de 2019, houve um número 83% maior de queimadas no Brasil.
Desde janeiro de 2019, houve um número 83% maior de queimadas no Brasil. - Mayke Toscano

No dia sexta-feira (20), a partir das 17h30, na Praça Santos Andrade, em Curitiba, acontece o ato chamado no Brasil de “Greve Global pelo clima”, uma forma de protesto contra a degradação ambiental promovida principalmente pelo sinal verde dado pela presidência às grandes empresas do agronegócio. 

O ato ocorre em várias cidades. A novidade é que a organização engloba lideranças ambientais, movimentos populares e centrais sindicais, organizadas no chamado “Comitê Unificado”, ao lado da organização CWB Resiste e lideranças do movimento indígena. O ato encerra com apresentações musicais de artistas da cidade, no Largo da Ordem. 

Pouco a pouco, o tema do desmatamento da Amazônia ganha repercussão. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) já mostrou que, desde janeiro de 2019, houve um número 83% maior de queimadas no Brasil. Com isso, estudantes que protestaram em maio e junho contra os cortes na Educação agora se juntam nas mobilizações pela natureza. “A primeira grande chamada da greve global, em maio, teve pouca participação. Mas no dia 23 de agosto, no ato pela Amazônia, já tivemos cinco mil pessoas conosco nas ruas”, afirma Verônica Rodrigues, da organização Pare Preste Atenção. 

Pauta de toda a sociedade civil 

Entre os objetivos da manifestação, Gentil Vieira, do Comitê Unificado, elenca o combate contra a mineração em larga escala. “Esse ato é de suma importância para organizações e sociedade civil em geral, porque serve de um protesto e um alerta para os problemas que acontecem”, afirma. 

Greve global pelo Clima 

A Coalizão pelo Clima surgiu do movimento “Sextas pelo Futuro”, liderado pela ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos. Desde 2018, às sextas-feiras, ela passou a protestar diante do parlamento sueco com um cartaz feito à mão que dizia simplesmente: “Greve Escolar pelo Clima”. O exemplo se espalhou entre os estudantes europeus. No Brasil, organizações reconhecem que as condições e pautas são diferentes comparadas à Europa, mas a data unifica ações pelo mundo. 

 

Edição: Laís Melo