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Editorial

Temer: desemprego e falta de apoio popular

Cortes sobre a renda e direitos dos trabalhadores tendem a aprofundar a crise

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Pesquisas recentes mostram que o governo interino de Michel Temer (PMDB) é rejeitado pela população.
Pesquisas recentes mostram que o governo interino de Michel Temer (PMDB) é rejeitado pela população. - Giordano Maestrelli

Pesquisas recentes mostram que o governo interino de Michel Temer (PMDB) é rejeitado pela população. O governo também não oferece soluções para áreas como Saúde, Educação e para enfrentar o desemprego.

Na área da Saúde, Temer tem 73% de reprovação e apenas 22% de aprovação às suas políticas. Nada mais lógico. Afinal, o ministro da pasta, Ricardo Barros (PP-Paraná), defendeu a redução do Sistema Único de Saúde (SUS) e a Proposta de Emenda à Constituição 143/2015 retira investimentos para a Saúde nos estados e cidades.  

Na Educação, o governo golpista também é mal visto: 64% desaprovam suas políticas na área, bem vistas por apenas 30% dos entrevistados. E 67% dos entrevistados reprovam as medidas do governo frente ao desemprego.

A pesquisa foi encomendada pela insuspeita Confederação Nacional das Indústrias (CNI) – entidade que defende o golpe de Temer e mudanças nos direitos trabalhistas, caso da jornada de trabalho. A pesquisa foi feita em 141 cidades, em junho, entrevistando 2002 pessoas.

Desemprego aumenta e renda diminui

O desemprego é o grande fantasma para toda família. Em maio, ele aumentou em 17,6% em São Paulo, principal economia do país, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese). A queda de emprego avança para o setor de serviços, que se mantinha estável até então.

O aumento do desemprego e da renda mostra que o governo de Temer não apresenta um programa para solucionar os problemas do país. O povo desaprova o corte sobre a renda e direitos dos trabalhadores, que deve piorar a crise em que vivemos. É preciso mobilização.  

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