Educação

No dia do estudante, Polícia Militar reprime com violência secundaristas em São Paulo

Cerca de 15 adolescentes foram detidos em ato contra a "Lei da Mordaça", a PL do Escola Sem Partido

São Paulo (SP) |
A estudante Tereza, de apenas 15 anos, foi agredida por policiais em SP
A estudante Tereza, de apenas 15 anos, foi agredida por policiais em SP - Christian Braga

Ao menos 15 secundaristas foram detidos e três publicamente agredidos pela Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMSP) nesta quarta-feira (11) durante o Ato Nacional Pela Educação Pública, que ocorreu neste Dia do Estudante na capital paulista. 

Poucos minutos após o início da concentração, que aconteceu na Praça Roosevelt, região central da cidade, a PMSP reprimiu violentamente a manifestação. Tereza, de 15 anos, foi arrastada e agredida por oficiais homens, e Paulo e Felipe, de 16 e 18 anos respectivamente, também foram agredidos e detidos por desacato à autoridade.

Ouça aqui, na íntegra, o relato de Tereza sobre a agressão

Os três foram levados para a 4º Distrito Policial no Bairro da Consolação. Eles foram liberados por volta das 20h.

O advogado ativista Guilherme Coelho afirmou que deverá protocolar um boletim de ocorrência na Corregedoria da instituição por abuso de autoridade e pedir exame de corpo delito dos adolescentes detidos.

Depois da repressão, os estudantes decidiram, em assembleia, permanecer com o ato, que seguiu rumo à Avenida Paulista, onde foram recebidos com mais truculência da PMSP.

Desta vez, outros 11 adolescentes foram levados à mesma delegacia e, depois, encaminhados ao 78º Distrito Policial, no bairro dos Jardins. Outro adolescente foi detido no centro da cidade, sob a alegação de pixação.

O Ato Nacional Pela Educação Pública foi convocado em pelo menos sete estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Ceará, Bahia e Paraná. Dentre as pautas, estava a crítica ao Escola Sem Partido, o Projeto de Lei 193/2016 de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), que objetiva a proibição de manifestações ideológicas e político-partidárias por parte de professores em sala de aula.

Confira abaixo reportagem em vídeo:

Edição: Camila Rodrigues da Silva

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