Mobilização

Movimentos preparam ato com “visita” a casa de Temer, em SP

Manifestação está marcada para esta quinta-feira (8), em São Paulo; Concentração é às 17h no Largo da Batata

Brasil de Fato |
As bandeiras da manifestação são Fora Temer!, Diretas Já! e Contra a repressão!, em referência à violenta ação da Polícia Militar de São Paulo contra os manifestantes, com prisões arbitrárias e ferimentos graves
As bandeiras da manifestação são Fora Temer!, Diretas Já! e Contra a repressão!, em referência à violenta ação da Polícia Militar de São Paulo contra os manifestantes, com prisões arbitrárias e ferimentos graves - Rovena Rosa / Agência Brasil

As organizações políticas Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo convocam novos atos contra o governo não-eleito de Michel Temer (PMDB). Nesta quinta-feira (08), os manifestantes pretendem “visitar” a casa do peemedebista, no alto de Pinheiros, em São Paulo.

A concentração acontece às 17h no Largo da Batata, na zona oeste da cidade. Entre as pautas estão a denúncia do golpe efetivado pelas forças políticas que apoiam Temer, eleições diretas e contra a repressão, em referência à truculência da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP).

Assim como nos atos que ocorreram no último domingo (4), temas como reforma da previdência e as propostas de flexibilização das leis trabalhistas também estão na pauta dos movimentos populares que participam do ato. As mudanças são vistas como perdas nos direitos dos trabalhadores.

Novos atos

Outra manifestação marcada pelas organizações durante plenária na última terça-feira (6) acontece neste domingo (11) e assim como na última semana, o ato será realizado na Avenida Paulista. A concentração acontece em frente ao Museu de Artes de São Paulo (MASP), às 14h.

 No último domingo, o saldo foi de 100 mil manifestantes contra o governo não-eleito.

Já em Guarulhos, na Grande São Paulo, manifestantes vão às ruas nesta sexta-feira (9). A concentração acontece às 18h na Praça Getúlio Vargas.

Grito dos Excluídos

Como tradicionalmente acontece no dia 7 de setembro, movimentos sociais e centrais sindicais organizaram o Grito dos Excluídos em cidades de 26 estados e mais o Distrito Federal. Os organizadores estimam que cerca de 230 mil pessoas participaram das manifestações.

Neste ano, o lema do ato era “Fora, Temer; nenhum direito a menos”. Os manifestantes denunciavam as ameaças às conquistas sociais anunciadas pelo governo do presidente não eleito Michel Temer.

Na cidade de São Paulo, o ato que se concentrou na Praça Oswaldo Cruz e se dirigiu ao Parque do Ibiraquera, reuniu cerca de 20 mil pessoas. Em Brasília, o ato contou com a participação de cinco mil pessoas.

No Recife, o Grito dos Excluídos reuniu milhares de pessoas. Além da pauta habitual, de defesa dos direitos sociais, os pedidos de eleições diretas e da saída de Temer dominaram as manifestações. Em Belo Horizonte, cerca de 30 mil partiram da praça Raul Soares e caminharam pacificamente pela avenida Amazonas até a Praça Sete de Setembro.

No Rio de Janeiro, o ato reuniu os candidatos à prefeitura Jandira Feghali (PCdoB) e Marcelo Freixo (Psol), além do senador Lindbergh Farias (PT). Já nas cidades de Colatina e Linhares no Espírito Santo, somaram-se ao Grito dos Excluídos os ribeirinhos atingidos pela lama da Samarco do desastre de Mariana (MG), que pediram justiça e punição à empresa.

Na capital cearense, Fortaleza, a orla da cidade recebeu milhares de manifestantes, assim como a cidade de Juazeiro do Norte. Na cidade de Londrina, no Paraná, os protestos lembraram a violência policial e também denunciaram o governo Temer como ilegítimo.

Em Recife, o Grito foi puxado pelo Fórum Dom Hélder Câmara, que reúne movimentos sociais e pastorais católicas, mobilizou milhares de pessoas na Praça Derby. Já em Salvador, o protesto teve participação de representantes de movimentos sociais e religiosos e de centrais sindicais. Segundo os organizadores, mais de 15 mil pessoas participaram do ato.

Na capital gaúcha, o Grito dos Excluídos teve início no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), atualmente ocupado por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 

Edição: José Eduardo Bernardes

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