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Paralimpíada colecionou histórias de superação

Além das medalhas conquistadas pelos atletas do mundo todo, chamam a atenção as histórias por trás delas

Rio de Janeiro (RJ) |
Daniel Dias se confirmou como uma lenda do esporte paralímpico brasileiro e mundial
Daniel Dias se confirmou como uma lenda do esporte paralímpico brasileiro e mundial - Divulgação

Chegamos ao final da Paralimpíada do Rio 2016, colecionando histórias de superação na vida e luta por resultados. Foram muitas quebras de recordes mundiais e paralímpicos, mas essencialmente estes Jogos se transformaram em um evento de ineditismos.

Do ponto de vista das nossas medalhas, superamos nosso recorde anterior estabelecido em Pequim 2008. Também a Índia merece destaque, pois o país conquistou sua primeira medalha paralímpica contestando suas próprias tradições patriarcais e machistas. Dramas pessoais e esportivos que se confrontam e se completam, servindo como estímulo à solidariedade e aos melhores valores do esporte. Em campo, na quadra, nas piscinas ou nas pistas, os Jogos no Rio já produziram histórias que traduzem diversos sentimentos.

Daniel Dias se confirma como lenda paralímpica

O nadador paralímpico brasileiro Daniel Dias, medalha de ouro na natação, foi um dos responsáveis pela quebra do recorde de medalhas brasileiras na história dos Jogos Paralímpicos, mas não só isso. Também se confirmou como uma lenda do esporte paralímpico brasileiro e mundial. Ele conquistou seis medalhas nos Jogos do Rio e 21 em toda sua trajetória paralímpica.

Medalha contra o machismo

A indiana Deepa Malik conquistou a primeira medalha paralímpica da história do país, com a prata no arremesso de peso F53 (em cadeira de rodas). Fora dos campos de atletismo, Malik milita contra o machismo na Índia, onde mais de 100 milhões de mulheres foram mortas ou estão desaparecidas em razão do preconceito.

Ciclista é comparado a Ayrton Senna

O italiano Alex Zanardi, ex-piloto de Fórmula 1 e Fórmula Indy, conquistou o ouro no ciclismo contrarrelógio e, durante a coletiva, foi comparado a Ayrton Senna. Ele perdeu as duas pernas em um acidente durante uma prova da última categoria que disputou no automobilismo, em 2001. Zanardi não aceitou as comparações e disse que considera Senna um ídolo.

Britânica ganha medalhas em dois esportes

A britânica Kadeena Cox entrou para a história dos Jogos Paralímpicos ao conquistar medalhas em dois esportes diferentes. Cox competiu no atletismo, ganhando o ouro nos 500m contrarrelógio C4-5, e no ciclismo, também com ouro nos 400m T-38. No atletismo, ela derrotou o maior nome paralímpico do seu país, Sarah Storey.

Homenagem ao pai

A egípcia Amany Ali levantou 127kg e conquistou a medalha de bronze no halterofilismo, categoria até 73kg, dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. A medalha foi dedicada ao pai da atleta, que faleceu dois dias antes de sua viagem para o Brasil.Ali não conquistava uma medalha desde Atenas 2004, quando ainda competia em outra categoria.

Mascotes de estimação

O boneco, mascote oficial dos Jogos Paralolimpícos, o Tom, está chamando a atenção. Ele está sendo foi entregue como um presente oferecido pela organização do evento aos atletas medalhistas. A cabeleira na cor da medalha conquistada, dourados, prateados ou bronzeados, é o público e os atletas mais curtiram.

 

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