Minas Gerais

ELEIÇÕES 2016

Contagem e JF têm segundo turno apertado

Quatro cidades mineiras vão votar para prefeito no dia 30

Belo Horizonte |
Os dois candidatos à prefeitura de Contagem trabalharam juntos na atual prefeitura
Os dois candidatos à prefeitura de Contagem trabalharam juntos na atual prefeitura - Reprodução / Prefeitura de Contagem

Em quatro cidades mineiras, as eleições municipais terminam no dia 30. Mais de 3 milhões de pessoas podem ir às urnas votar para prefeito. Na última edição, o jornal Brasil de Fato MG abordou o segundo turno em BH e Montes Claros. Agora, trazemos um panorama de Contagem e Juiz de Fora. 
Nas duas cidades, a soma dos votos brancos, nulos e abstenções superou a quantidade dos candidatos mais votados, a exemplo do que ocorreu no restante do país. Além disso, os prefeitos desses municípios tentam a reeleição e têm pela frente adversários vinculados a partidos tradicionais e com longa trajetória na política local. 

Contagem
Contagenses escolherão entre o advogado e atual prefeito Carlin Moura 
(PCdoB), que terminou o primeiro turno com 27,87% dos votos, e seu ex-secretário de desenvolvimento econômico, o empresário Alex de Freitas (PSDB), que ficou com 24,68%. 
Carlin é candidato pela coligação “É assim que se faz”, com 12 partidos. No segundo turno, tem o apoio de três políticos que já governaram a cidade: Newton Cardoso (PMDB), Marília Campos (PT) e Ademir Lucas (PR), que era do PSDB. Antes de ocupar a prefeitura, Carlin teve atuação política como líder estudantil, vereador e deputado estadual em dois mantados, pelo PC do B. 
Alex, candidato do senador Aécio Neves, está na coligação “Contagem para o futuro”, composta por 10 partidos. Alex participou dos governos de Ademir Lucas, Marília Campos e Carlin Moura. Atualmente, o tucano preside o Instituto Teotônio Vilela, de seu partido. 
Chama a atenção que, embora ambos tenham uma longa trajetória na política partidária, suas campanhas afirmam representar “o novo”, “a mudança que Contagem precisa”, “a nova cara de Contagem”, num discurso parecido ao adotado por todas as candidaturas à presidência em 2014. 
“Esse desejo de mudança tem aparecido em diversas pesquisas de opinião e está associado a uma fortíssima rejeição a políticos, partidos e ao atual sistema partidário. Na medida em que as pessoas se sentem enganadas, desacreditas, vingam-se através do voto. Então, colocar-se como não político ou representante do novo é uma estratégia de marketing eleitoral para barrar essa rejeição”, analisa o cientista político Carlos Freitas. 

Juiz de Fora decide entre PT e PMDB

A cidade da Zona Mata vai escolher entre o engenheiro e atual prefeito Bruno Siqueira (PMDB), que terminou o primeiro turno com 39,07% dos votos, e a linguista e deputada federal Margarida Salomão (PT), que ficou com 22,38%. O embate já tinha acontecido nas eleições de 2012, quando Bruno venceu Margarida no segundo turno. 
Agora, Bruno é candidato pela coligação “Pro Futuro e Agora”, que tem sete partidos. Antes de ocupar a prefeitura, foi vereador por três mandatos e deputado estadual. Bruno, que apoiou o impeachment de Dilma, tem ressaltado, em sua campanha, a proximidade com o presidente não eleito, Michel Temer (PMDB), vendo nisso uma oportunidade para atrair investimentos para a cidade. 
Já Margarida Salomão, candidata pela terceira vez à Prefeitura, está na coligação “Viva Juiz de Fora”, com três partidos. Em 2013, tornou-se a primeira deputada federal da cidade, ocupando a vaga do prefeito de Uberlândia, Gilmar Alves (PT), e reelegeu-se em 2014. A trajetória política de Margarida remonta aos anos 1980, quando ela foi dirigente sindical e secretária na gestão do prefeito Tarcísio Delgado, entre 1983 e 1989. Depois, exerceu o cargo de reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora por dois mandatos. 
 

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