Coluna

Pezão e Temer: produtos de uma época decadente da política brasileira

Imagem de perfil do Colunistaesd
Em suma: o Brasil já não agüenta mais figuras como Pezão e Michel Temer
Em suma: o Brasil já não agüenta mais figuras como Pezão e Michel Temer - Divulgação
Pezão concedeu isenção fiscal de mais de 231 milhões de reais a 21 joalherias

O governador do Estado do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (PMDB) realmente não tem condições morais e políticas de continuar ocupando o cargo. Nem mais se trata de uma questão partidária, mas sim de que Pezão não tem envergadura para dar conta da grave situação em que se encontra o Estado.

Continua após publicidade

E ainda tem agravantes em tudo isso, como, por exemplo, a informação que veio a público revelando ter o governo do Estado do Rio de Janeiro concedido isenção fiscal de mais de 231 milhões de reais a um grupo de 21 joalherias do Rio de Janeiro.

E a informação não foi divulgada por nenhum adversário de Pezão, mas por sua própria Secretaria de Fazenda, acrescentando que essa vantagem foi concedida entre os anos de 2008 a 2013, com redução do ICMS.

Então, realmente cabe a pergunta: como que um governador vencedor de uma eleição em que se apresentava como continuador do anterior, Sérgio Cabral, tem condições de continuar governando, sendo também responsável pela dramática situação e que ainda por cima ao apresentar uma forma de enfrentar a crise quer empobrecer ainda mais os servidores do Estado, ativos ou aposentados, com descontos nos salários e pensões?

Agora, como não tem gabarito para ao menos minorar a crise, Pezão ameaça solicitar a intervenção federal, que se ocorrer, será algo como trocar o seis por meia dúzia, porque da parte das autoridades federais no caso ilegítimas e usurpadoras, a saída é também arrochar os mais pobres.

Pezão e Temer são produtos de uma época decadente da política brasileira, que se espelha também em figuras como Eduardo Cunha e o seu substituto na presidência da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Assim está o Brasil, em um momento em que as propostas apresentadas para a solução dos problemas, na verdade os agravará, como aconteceu recentemente em países como a Grécia, por exemplo.

E a pergunta que cada vez mais vem sendo feita é a da “saída, onde se encontra a saída?” Uma coisa está mais do que clara, não é pela redução do Estado, como tenta de todas as formas o governo golpista de Michel Temer, que sem dúvida entrará para a história não só como lixo, mas como excrescência de um momento de decadência da vida política brasileira.

Em suma: o Brasil já não agüenta mais figuras como Pezão, Temer, Rodrigo Maia e tantos outros que ocupam amplos espaços da mídia conservadora, aliadíssima das figuras mencionadas e que na prática os mantêm em evidência.

Trocando em miúdos: não há mesmo condições de o Brasil continuar como está. Não é à toa que se ouve pelas ruas do Brasil cada vez mais o refrão “Fora Temer”. Também não resolve trocar o seis pelo meia dúzia, no caso de se concretizar um golpe dentro de um golpe, ou seja, a saída de Temer para seu lugar ser ocupado por Fernando Henrique Cardoso ou Nelson Jobim a partir do ano que vem, como já defendem os mais ainda neoliberais.

Edição: ---