Orçamento bélico

Obama aprova orçamento militar para 2017 com ajuda militar na Síria, Iraque e Ucrânia

ovada no Congresso no dia 14 de dezembro, a lei autoriza o investimento de 619 bilhões de dólares na defesa do país

Revista Opera |
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou na última sexta-feira (23) a Lei de Autorização de Defesa Nacional para o próximo ano
Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou na última sexta-feira (23) a Lei de Autorização de Defesa Nacional para o próximo ano - Reprodução

OPresidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou na última sexta-feira (23) a Lei de Autorização de Defesa Nacional (National Defense Authorization Act), que estabelece o orçamento do Departamento de Defesa dos EUA para o ano de 2017.

Aprovada no Congresso no dia 14 de dezembro, a lei autoriza o investimento de 619 bilhões de dólares na defesa do país (cerca de 2 trilhões de reais), montante superior ao ano de 2016 em 15 bilhões. Apesar de ter aprovado a lei, Obama fez críticas a mudanças na proposta original, como as restrições para a saída de detidos da prisão de Guantánamo, que impossibilitam o fechamento da prisão, e o aumento do número de tropas em relação à proposta original da Casa Branca.

No que se refere ao apoio a governos e grupos no exterior, a lei autoriza o envio de sistemas de defesa aérea portáteis (MANPADS) para rebeldes sírios, e aumenta a ajuda militar ao governo ucraniano para 350 milhões de dólares – 50 milhões a mais do que no ano passado.

O documento assinado por Obama contém também a Lei de Combate à Propaganda Externa, originalmente proposta pelos senadores Rob Portman, do Partido Republicano, e Chris Murphy, do Partido Democrata.

A lei cria um centro inter-agências para combater supostas campanhas de propaganda e desinformação de países não-alinhados, como a Rússia e a China, e atores não-estatais. Além disso, cria um fundo para treinar jornalistas e financiar ONGs, think-tanks e organizações de mídia. “Hoje, os EUA tomou um passo importante no sentido de confrontar as extensivas e desestabilizadoras campanhas estrangeiras de propaganda e desinformação levadas a cabo contra nós por nossos inimigos no exterior”, declarou o senador Portman.

O centro criado pela Lei de Combate à Propaganda Externa será liderado pelo Departamento de Estado dos EUA, mas terá a participação ativa da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), do Departamento de Defesa, de agências de inteligência e do Conselho de Administração de Radiodifusão (Broadcasting Board of Governors), agência do governo norte-americano responsável pela agência de notícias Voice of America, além de veículos como a Radio Free Europe, Radio Free Asia e Radio y Televisión Martí.

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