Mobilidade

MPL faz ato nesta quinta contra aumento da passagem em São Paulo

Justiça do estado suspendeu em caráter provisório o reajuste de valores

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
A integração entre ônibus e trens da CPTM e do Metrô foi aumentada pelo governo Alckmin (PSDB) de R$ 5,92 para R$ 6,80
A integração entre ônibus e trens da CPTM e do Metrô foi aumentada pelo governo Alckmin (PSDB) de R$ 5,92 para R$ 6,80 - Reprodução/Facebook

O Movimento Passe Livre (MPL) realiza nesta quinta-feira (12) um protesto contra o aumento da integração entre ônibus e trilhos. A passeata deve se iniciar às 17h, na Praça do Ciclista, localizada na Avenida Paulista, região central de São Paulo.

A manifestação foi mantida mesmo após a Justiça de São Paulo ter suspendido o acréscimo na tarifa integrada.

“Não é nenhuma surpresa que eles tenham prometido o congelamento das tarifas em 2017 e agora anunciem o aumento: o compromisso desses senhores não é com a população, e sim com aqueles que financiam suas campanhas e sustentam suas máfias e cartéis”, afirma nota do MPL que divulga o protesto.

Para o MPL, a medida agrava ainda mais as condições de vida em um cenário econômico desfavorável. “Em um cenário de desemprego e crise capitalista, só os pobres perdem: os empresários e seus políticos continuam se organizando pra nos ferrar, tirando nossos direitos, aumentando seus próprios salários e garantindo seus lucros sempre maiores. Dissimulados e covardes, Alckmin e Dória aumentam a tarifa pelas bordas, tirando cada vez mais dinheiro da população que precisa se deslocar pela cidade”, continua a organização.

Histórico

A integração entre ônibus e trens da CPTM e do Metrô foi aumentada pelo governo Alckmin (PSDB) de R$ 5,92 para R$ 6,80. Na última sexta-feira (6), entretanto, a Justiça de São Paulo suspendeu liminarmente – ou seja, em caráter provisório - o acréscimo no valor.

A decisão suspendeu também o aumento no preço dos bilhetes únicos temporais. De outro lado, o reajuste nas tarifas de linhas da EMTU, que realizam viagens de ônibus intermunicipais, foram mantidos, afetando mais de 1,7 milhão de pessoas.

Mesmo com a decisão, no domingo (8), o preço da integração havia subido. O governo estadual argumentou que não havia sido notificado. A Justiça tentava informar formalmente a gestão Alckmin desde sexta. Ainda assim, a administração contestou a primeira decisão na segunda-feira (9).

O governo foi finalmente notificado na terça-feira (10), data em que o Tribunal de Justiça do estado negou o recurso e manteve a suspensão do aumento da tarifa de integração.

Edição: José Eduardo Bernardes

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