TRIÂNGULO MINEIRO

Ato em Uberlândia reúne trabalhadores contra ataques à aposentadoria

Manifestação foi organizada pelo comitê regional contra a reforma da previdência social

Uberlândia |
Dezenas de entidades se reuniram no centro de Uberlândia na quinta (23)
Dezenas de entidades se reuniram no centro de Uberlândia na quinta (23) - Frente Brasil Popular Uberlândia

Na tarde de quinta-feira (23) manifestantes se encontraram na Praça Tubal Vilela, no centro de Uberlândia, para um ato de repúdio à reforma da previdência social. A concentração foi marcada para as 16h e contou com a presença de diversas entidades como sindicatos, movimentos populares, coletivos de juventude, centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e a Povo Sem Medo. O ato seguiu em marcha pelas ruas do centro, dialogando com os trabalhadores do comércio e por quem mais transitasse pelo local.

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Os manifestantes divulgaram materiais que buscam desconstruir a ideia de um “rombo na previdência. O ato também denunciou que relator da PEC 287 (reforma da previdência), o deputado Arthur Maia (PPS), teria recebido quase R$ 1,3 milhão de instituições financeiras e de seguros. Karla Teixeira, técnica administrativa da Universidade Federal de Uberlândia, também alertou para o fato de as mulheres serem as mais atingidas por essa proposta.

“No caso das mulheres a reforma é ainda mais injusta porque coloca 65 anos de idade para pleitear a aposentaria igual aos homens. Isso faz com que o Estado deixe de reconhecer a jornada dupla e até tripla que as mulheres têm no cuidado com a família, com os doentes, com as crianças e na jornada também dentro de casa já que, infelizmente, na nossa sociedade, ainda as tarefas domésticas são atribuídas as mulheres”, destaca.

Karla aponta também para a importância do Comitê para criar unidade na luta. “O nosso chamado é para mais entidades e mais grupos de militantes se somem ao comitê para que a gente possa garantir uma mobilização em bairros, em escolas, em igrejas, para que a gente consiga mobilizar a maioria da população”, afirma.

Edição: Joana Tavares