O Oscar de 2017 teve um momento inédito na história de Hollywood: por conta de uma confusão com envelopes, o prêmio mais esperado da noite, o de melhor filme, foi primeiramente anunciado para o musical La La Land. O erro foi divulgado enquanto os produtores do filme discursavam. Eles próprios, com estatuetas na mão, anunciaram o equívoco, afirmando que o grande ganhador havia sido Moonlight.
Momentos não programados são comuns em premiações. O anúncio de melhor filme no Globo de Ouro de 2001, por exemplo, foi realizado por Elizabeth Taylor em um estado em que muitos duvidaram de sua sobriedade naquele momento. Retirando gargalhadas da plateia com sua confusão, ela precisou ser interrompida, sendo avisada de que antes de anunciar o ganhador, deveria ler a lista de indicados.
Em 2009, o MTV Video Music Awards teve um momento constrangedor: após a cantora e compositora Taylor Swift ganhar o prêmio de Melhor Vídeo Feminino, o raper Kayne West tomou o microfone de sua mão para dizer que Beyoncé deveria ter sido a agraciada.
Durante a final do Miss Universo 2015 a miss Colômbia foi anunciada como ganhadora, recebendo, inclusive, a coroa em sua cabeça. A ganhadora, entretanto, era a Miss Filipinas. Mais uma cena para a história das premiações.
Mesmo o Oscar já teve seus casos de gafes. Em 1948, Rosalind Russel estava tão confiante que ganharia o prêmio de melhor atriz que se levantou antes do anúncio. A ganhadora, entretanto, foi Loretta Young. No Oscar 2014, John Travolta não foi capaz de pronunciar o nome de Idina Manzel. No ano seguinte, ela se vingou, chamando-o ao palco pelo nome de Glom Gazingo. Travolta aceitou a piada, mas gerou mais uma cena constrangedora: acariciou o rosto de Manzel por um tempo longo demais.
Além das quebras de protocolo e comportamentos questionáveis, o Oscar é também conhecido por problemas que se repetem quase todos os anos. Na edição 2015, o apresentador da cerimônia Neil Patrick Harris fez algumas piadas que foram consideradas racistas. Isso em uma premiação que historicamente privilegiou brancos, assim como Hollywood em geral. A ausência de indicações de negras e negros fez com que alguns artistas chegassem a boicotar o evento em 2016.
Para além do cerimonial, a própria edição 2017 teve uma polêmica mais grave do que a troca de envelopes. Ganhador da estatueta de melhor ator por Manchester à Beira Mar, Casey Affleck é acusado de ter abusado de duas mulheres em 2010. Brie Larson, melhor atriz em 2016, anunciou o ganhador. Mais uma quebra de protocolo, dessa vez proposital: em um protesto silencioso, não aplaudiu Affleck em quanto este se dirigia ao palco.
Fatos Curiosos da História
Locução: José Eduardo Bernardes
Produção: Rafael Tatemoto
Sonoplastia: Mauro Ramos
Edição: Mauro Ramos
