Paraná

Eleições 2018

Lula e o peso das elites

Perseguição da Lava Jato não abala popularidade do ex-presidente

Brasil de Fato, Curitiba (PR) |
Petista lidera em todos os cenários das pesquisas prévias sobre as eleições presidenciais do ano que vem
Petista lidera em todos os cenários das pesquisas prévias sobre as eleições presidenciais do ano que vem - Ricardo Stuckert - Instituto Lula

Depois de rasgarem a Constituição Federal e derrubarem uma presidente eleita com mais de 54 milhões de votos, as elites brasileiras organizam-se para aniquilar direitos e os avanços ocorridos desde a eleição do primeiro governo Lula (2003). Para isso, contam com ampla maioria na Câmara dos Deputados e Senado, além do apoio dos grandes meios de comunicação, como a Globo.

Porém, as elites têm diante de si dois problemas: o primeiro é a resistência das organizações populares contra esses ataques neste mês de março; o outro ponto são as pesquisas de opinião de diversos institutos que apontam a vitória de Lula contra qualquer adversário.

Lula segue com enorme popularidade, mesmo com a perseguição movida pelo juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato – com o apoio da Globo e demais redes de TV, rádio e jornais comerciais. Prender o ex-presidente e tirá-lo da próxima disputa eleitoral de 2018 é o objetivo, mesmo que nada se prove contra ele. A conta da Lava Jato não fecha se Lula não for preso.

O ex-presidente deve prestar depoimento, em Curitiba, no dia 3 de maio. Os movimentos sociais chamam suas bases a mobilizar-se, num ato político de solidariedade e de denúncia das arbitrariedades de Moro.

A volta de Lula pelas urnas é o pesadelo dos ricos. Mas é preciso mais que uma eventual reeleição. É preciso que ela venha acompanhada de um programa de mudanças profundas em torno do qual se construam alianças com o povo e suas organizações. 

 

Gustavo Erwin "Red" é assessor da secretaria de movimentos sociais do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região.

Edição: Ednubia Ghisi