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Há 113 anos, nascia Araci Cortes, precursora das cantoras populares brasileiras

Artista ajudou a consagrar vários clássicos da música nacional

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Considerada a primeira grande cantora popular brasileira, Araci Cortes foi praticamente a única a ter sucesso na década de 20
Considerada a primeira grande cantora popular brasileira, Araci Cortes foi praticamente a única a ter sucesso na década de 20 - Divulgação
Artista ajudou a consagrar vários clássicos da música nacional

No dia 31 de março de 1904, nascia, no Rio de Janeiro, Zilda de Carvalho Espíndola, conhecida mais tarde pelo nome artístico de Araci Cortes. A cantora fez um grande sucesso nas décadas de 1920 e 1930, com sua particular voz soprano, o tipo de voz feminina mais agudo.

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Aos 17 anos de idade, foi embora de casa para trabalhar como cantora em um circo. Foi descoberta pelo artista Luís Peixoto, quando cantava e dançava maxixes no Democrata Circo. Seu nome artístico lhe foi dado por Mário Magalhães, crítico teatral do jornal "A Noite", quando passou a atuar teatro de revista no começo dos anos 20.

Considerada a primeira grande cantora popular brasileira, foi praticamente a única a ter sucesso na década de 20, numa época em que figuravam apenas homens entre os grandes nomes.

Em 1925, gravou seu primeiro disco, com duas músicas: A Casinha (A Casinha da Colina), de Pedro de Sá Pereira, e Petropolitana.

Já em 1928, teve enorme sucesso com o samba "Jura", de José Barbosa da Silva, mais conhecido como Sinhô. Conta-se que no dia em que a canção foi apresentada, Araci teve que repeti-la até sete vezes a pedido do público.

No mesmo ano, Araci gravou uma canção que teve enorme sucesso: Ai, Ioiô, composta por Henrique Vogeler, Luiz Peixoto e Marques Porto. A canção, cujo título original é Linda Flor, é considerada o marco inicial do gênero samba-canção.

Araci ajudou no sucesso de vários compositores, entre eles Ary Barroso. A cantora foi, junto com Francisco Alves, uma das primeiras a gravar Aquarela do Brasil.

Entre as décadas de 50 e 60, afastou-se do meio artístico. Mas, em 1965, teve uma volta triunfal com o espetáculo Rosa de Ouro, ao lado de Paulinho da Viola, Elton Medeiros e da então estreante Clementina de Jesus.

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Mosaico Cultural
Locução:
José Bruno Lima
Produção: Mauro Ramos
Sonoplastia: André Paroche

Edição: Camila Rodrigues da Silva