Saúde

Conselho Municipal de Saúde realiza ato em defesa do Odilon Behrens, em BH

Complexo Metropolitano enfrenta problemas financeiros

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Manifestação aconteceu na manhã desta quarta (19)
Manifestação aconteceu na manhã desta quarta (19) - Ana Paula Tomaselli / CMSBH

Nesta quarta-feira (19), cerca de 200 pessoas, entre trabalhadores, usuários e gestores da saúde pública de Belo Horizonte, participaram de um ato organizado pelo Conselho Municipal de Saúde (CSMBH), em defesa do Complexo Hospitalar Metropolitano Odilon Behrens. Há um ano e meio, o Complexo Hospitalar enfrenta sérias dificuldades financeiras, decorrentes da falta de repasse de recursos do município e do governo estadual.

“Há um atraso no repasse de verbas, de mais de R$ 30 milhões. O hospital ainda consegue manter a folha de pagamento de seus servidores, mas deixa de pagar seus fornecedores. Temos funcionado além de nossa capacidade. Não deixamos de atender a população, mas é um atendimento precário”, afirma Renata Cristina Oliveira, enfermeira que trabalha no Complexo. Ela adverte que, caso a situação não seja resolvida, o pagamento de servidores e o atendimento à população estão ameaçados.

Atualmente, o Complexo, que é constituído pelos hospitais Nossa Senhora Aparecida, hospital Dia e UPA Noroeste II, atende a mais de 18 mil pacientes por mês, com 516 leitos, absorvendo demandas de alta complexidade. Trata-se, além disso, do único complexo de Belo Horizonte com atendimento integral pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Fazemos um apelo aos governos para socorrerem o hospital emergencialmente, antes que ocorra o fechamento de leitos e demais procedimentos necessários à população. Acreditamos que o modelo atual de Parcerias Público-Privadas tem relação com esses problemas. O contrato do Hospital Metropolitano Célio de Castro, no Barreiro, é exorbitante e a Prefeitura deixa de contemplar os outros hospitais, que atendem à população”, avalia a secretária geral do CMSBH, Maria da Glória Capistrano.

Edição: Joana Tavares