Coluna

Mais de oito milhões de eleitores respondem aos que querem derrubar Maduro

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Nicolás Maduro mobilizou mais de 8 milhões de venezuelanos para votar na Assembleia Nacional Constituinte
Nicolás Maduro mobilizou mais de 8 milhões de venezuelanos para votar na Assembleia Nacional Constituinte - Freddy Zarco/ ABI
O aprofundamento da revolução bolivariana não tem mais volta

O governo de Donald Trump inconformado com a realização da eleição da Assembleia Nacional Constituinte, onde segundo o Conselho Eleitoral, mais de 8 milhões de venezuelanos votaram,  decretou mais sanções individuais contra representantes do povo, entre o quais o presidente Nicolás Maduro.

Outros governos como da Argentina, Peru e Colômbia se posicionaram pelo não reconhecimento do pleito, em uma demonstração cabal de intromissão nos assuntos internos de um país soberano.

O comportamento da mídia comercial conservadora nos mais diversos países foi e está sendo lastimável, simplesmente fazendo coro com a oposição venezuelana, que conta com o apoio,  mais do que claro, do governo dos Estados Unidos e da Central de Inteligência norte-americana (CIA).

Os eleitos que integrarão a Assembleia são reconhecidos pelos mais de oito e milhões que compareceram as urnas, onde o voto não é obrigatório. Compareceram em peso, apesar das ameaças dos oposicionistas que tentaram com o emprego da violência evitar a não realização da consulta popular. 

Mesmo derrotados, os oposicionistas tentarão continuar com a violência para impedir o aprofundamento da revolução bolivariana. Trump faz o jogo proposto pela oposição que insiste na derruba do presidente constitucional.

No Brasil, um governo que não tem moral e legitimidade porque é produto de um golpe parlamentar, midiático e judicial, aciona o Ministro do Exterior golpista, Aloysio Nunes Ferreira para cuidar da Venezuela e repete diuturnamente tudo o que vem sendo dito pelo governo Trump, pela mídia comercial conservadora e pela oposição interna venezuelana.

Ferreira, repetindo a estratégia do Departamento de Estado norte americano, é agressivo e usa de uma retórica repetitiva com o objetivo de enganar os incautos iludidos pela manipulação da informação produzida também com os esforços dos colunistas de sempre com grandes espaços nos jornalões e telejornalões.

Mas o aprofundamento da revolução bolivariana não tem volta, por mais que tentem os oposicionistas que fizeram de tudo para evitar que o povo fosse escolher os representantes para a Assembleia Nacional Constituinte. 

Figuras como Leopoldo Lopez , que se encontra em prisão domiciliar, Henrique Capriles, para não falar do deputado Freddy Guevara, que recentemente defendeu a repetição na Venezuela  de um golpe semelhante ao que ocorreu no Chile em setembro de 1973, continuarão tendo grandes espaços na mídia comercial conservadora para destilar ódio e com a ajuda de manifestantes mascarados, que em outros países são considerados vândalos, mas no caso em questão são “manifestantes” de uma “causa justa”, segundo dizem os apoiadores dos que pregam a violência diária.

É mais do que lamentável a intromissão de governos estrangeiros em assuntos internos da Venezuela, um país que passou a ser um divisor de águas na América Latina. Como no Chile na  época do Presidente Salvador Allende, quando a democracia perdeu a batalha contra golpistas apoiados pelo governo estadunidense de Richard Nixon, o que se passa hoje na Venezuela é de suma importância para os destinos do continente. É, na verdade, um divisor de águas. Ou apoiar um governo constitucional como o de Nicolas Maduro ou se alinhar com governos como o de Donald Trump, do putrefato golpista Michel Temer e outros. É uma questão de escolha e de não se deixar iludir pela manipulação da informação que se faz presente diariamente na mídia comercial conservadora dos mais diversos países desta América Latina.

Agora, aguarda-se a posse dos eleitos no domingo, sem a intromissão de apoiadores dos oposicionistas que pregam a violência. Com isso, a República Bolivariana da Venezuela seguirá  o seu caminho, que objetiva a melhoria das condições de vida da maioria do povo que  compareceu nas urnas. Fora disso, é simplesmente apoiar o mesmo  tipo de retrocesso que foi vítima o Chile em setembro de 1973 sob o comando do assassino general Augusto Pinochet.

E o atual governo brasileiro, como farsa, repete a história sangrenta de setembro de 1973 quando os golpistas de então apoiaram a derrubada de um presidente constitucional como o de Salvador Allende. Quem tiver dúvidas deve consultar os jornalões da época e confirmar o papel representado pelo então governo do general Garrastazu Médici. Sem dúvida uma mancha na história brasileira.

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