Coluna

Governo golpista joga pesado para se safar de novas acusações

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Custou caro aos cofres públicos a primeira denúncia contra o Presidente ilegítimo Michel Temer
Custou caro aos cofres públicos a primeira denúncia contra o Presidente ilegítimo Michel Temer - Antonio Cruz/ Agência Brasil
Temer está acionando a tal base aliada para impedir que ele seja investigado

Começou o jogo parlamentar para proteger acusados de corrupção. Um dos inicialmente contemplados foi o ministro Moreira Franco que conseguiu foro privilegiado, ou seja, só poderá ser acionado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que na prática o auxilia, inclusive para que seu julgamento vá para as calendas gregas. Não se exclui até a possibilidade de o julgamento acabar não acontecendo por decurso de prazo.

Quanto às denúncias contra o Presidente ilegítimo Michel Temer, o Palácio do Planalto está acionando a tal base aliada para impedir que ele seja investigado pelo STF, como já aconteceu na primeira vez em que foi denunciado e que custou caro aos cofres públicos.

Assim caminha o Brasil e ao mesmo tempo os defensores do projeto que o governo golpista leva adiante se esforçam para tentar iludir os incautos com a cantilena de que a economia está se recuperando etc e tal. Esquecem os propagandistas que na prática o que está ocorrendo é exatamente o contrário, ou seja, o Estado brasileiro está contemplando o capital e não os trabalhadores. Os reflexos são visíveis, apesar da insistência ao contrário. E novembro, quando entra em vigor a tal reforma trabalhista resta aguardar o desenrolar dos acontecimentos, apesar da manipulação da informação.

Por incrível que pareça, isto é, apesar das inúmeras denúncias, Temer deverá permanecer no governo de forma ilegítima até 31 de dezembro de 2018,  salvo alguma perda de controle dos áulicos do projeto. E pensar que se Temer fosse atingido em seu lugar ficaria o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Dem), que conta com o total apoio da mídia comercial conservadora.

É o tipo do político que só ascendeu porque o Brasil está realmente dominado por grupos que jamais chegariam ao governo em outras circunstâncias se não através de um golpe parlamentar midiático e judicial.

Ao mesmo tempo em que isso acontece, o governo prepara a venda por preço de banana do que ainda resta na área do Estado. Só resta então ao povo que não aceita o que está sendo feito exigir que numa próxima eleição direta o candidato a ser apoiado pelas forças populares coloque como ponto principal do seu programa a consulta eleitoral de todas as medidas adotadas pelo atual governo. Em outras palavras: é compromisso de honra submeter tudo o que governo golpista está levando adiante a uma consulta popular.

E para garantir isso é necessário que se ampliem as mobilizações populares, porque o esquema golpista vai tentar barrar tudo o que para ele represente ameaça. Ou seja, os golpistas sabem que se forem submetidos ao voto popular não poderão continuar levando adiante o retrocesso dos dias atuais.

Essa é a realidade brasileira, um pesadelo que precisa ser desfeito, porque se não o for o Brasil deixará de ser uma nação independente na verdadeira acepção da palavra, para ser tornar uma verdadeira colônia. Temer e sua base aliada em algum momento terão de ser submetidos à consulta popular.

Nesse sentido, a tal base aliada integrada por boa parte de acusados de malfeitos já se movimentam com o objetivo de evitar que o povo dê a última palavra e jogue no lixo da história de uma vez por todas o projeto que está sendo executado sob a condução do ministro da Fazenda e aposentado do Banco de Boston, Henrique Meirelles.

Tudo que foi dito aqui pode parecer óbvio, só que nos dias atuais o óbvio não raramente é escondido e a opinião pública é anestesiada por meio de muitas mentiras repetidas periodicamente até virarem verdades. O Globo, O Estado de S. Paulo e outros veículos do gênero que o digam.

Como se nada disso bastasse, a base aliada do Senado, segundo se informa, começa a discutir proposta que pode resultar na exoneração de servidores municipais, estaduais e federais que tiverem avaliação insuficiente. Trocando em miúdos, tudo pode acontecer, inclusive a redução do quadro de funcionários públicos na base da mentira que pode representar a tal “avaliação”.

Edição: Vivian Virissimo