Coluna

Exemplo de cidade de Santa Catarina ilustra o que acontece pelos rincões do país

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Colégio Aristiliano Ramos foi erguido para contemplar a população pobre da cidade
Colégio Aristiliano Ramos foi erguido para contemplar a população pobre da cidade - Divulgação
Colégio em Lages, no Estado de Santa Catarina, pode ser demolido

O desmonte do Brasil que vem sendo executado pelo atual ocupante do Palácio do Planalto, Michel Temer, está em andamento em várias partes do país, colocado em prática por prefeitos e governadores filiados aos partidos que compõem a tal base aliada que facilita a vida de Temer, mas com um custo, já não tão escondido, para os cofres públicos.

Exemplo nesse sentido vem sendo denunciado por moradores de Lages, no estado de Santa Catarina, onde um colégio público que ocupa 1.500 metros quadrados no centro da cidade está para ser demolido e a área transformada em estacionamento de carros, bem próximo do centro comercial, para contentamento dos lojistas.

O colégio público denominado Aristiliano Ramos, nome em homenagem ao interventor de Santa Catarina, de 1932 a 1935, nomeado por Getúlio Vargas, foi erguido para contemplar a população pobre da cidade. Mas a prefeitura sob o domínio, claro, do PSD, um partido apoiador do golpista e ilegítimo Michel Temer, respalda integramente a derrubada da escola, segundo informam os moradores de Lages.

Vale ainda assinalar que não é de hoje que a prefeitura da cidade catarinense está cobiçando o terreno que foi doado exatamente para no local ser construída uma escola pública. Mas a prefeitura tem uma visão diferente e prefere que o terreno seja destinado a estacionamento de carros do que ser mantida uma escola pública.

Como a pressão na cidade aumenta, sobretudo contra o estacionamento, é possível até que a prefeitura decida apenas acabar com a escola pública e no lugar construir uma praça, mesmo que nas proximidades exista outra.

A prefeitura desde algum tempo, e sempre dominada por partidos da chamada base aliada de Temer, apresenta como argumento o fato de a escola ser de madeira e pode apresentar riscos, o que não acontece há mais do que 50 anos. Justificativa furada como essa não convence a ninguém e reforça a tese segundo a qual o Executivo Municipal de Lages atende pedido dos lojistas.

O exemplo da cidade catarinense serve perfeitamente para demonstrar como municípios brasileiros governados por partidos apoiadores do desmonte do Brasil seguem o mesmo rumo do governo golpista. A educação é um dos pilares importantes para que no futuro apareçam cidadãs e cidadãos mais conscientes e consigam não se tornar incautos defensores de projetos que o afetam negativamente, como tem acontecido nos dias atuai com a colaboração da mídia comercial conservadora. E isso os golpistas de todos os tempos, isto é, de 1954, 1964 e 2016, não querem de jeito nenhum.

É preciso, portanto, se conhecer melhor o que está acontecendo neste país continente, onde informações sobre o desmonte da educação pública ocorrem sem que a maioria da população seja informada. Daí a menção do que está acontecendo na cidade catarinense de Lages, o que pode estar se repetindo em outros municípios pelo Brasil.

Quanto ao governo federal, cujos integrantes andam dizendo diariamente que o Brasil está “entrando no trilhos”, é preciso checar ao máximo as informações divulgadas pela mídia comercial conservadora, principalmente nos telejornalões que não dão espaço para informações que possam colocar em dúvida a lavagem cerebral que vem sendo submetida a população brasileira com as classes dominantes adotando a velha prática do III Reich, ou seja, da mentira repetida inúmeras vezes até se transformar em verdade.

Por estas e muitas outras é necessário que a população brasileira se mobilize para impedir de todas as formas que o desmonte no Brasil prossiga. E para tanto é urgente responder, se possível diariamente, ao que vem acontecendo. Temer só tem apoio de 3% da opinião pública, segundo as mais recentes pesquisas, e sabe perfeitamente que em uma primeira oportunidade que acontecer, os projetos de demolição do Brasil serão repudiados pela maioria absoluta da população.

É preciso também toda a atenção para evitar que os executores da política do retrocesso impeçam que os brasileiros e brasileiras sejam consultados nas urnas. Em outras palavras: evitar que as eleições presidenciais marcadas para outubro de 2018 sejam suspensas. Ou então a podridão imperante no Congresso venha a decidir pelo parlamentarismo ou algo do gênero. Se nada for feito, a base aliada fará isso sem a mínima cerimônia e com justificativas destinadas a enganar incautos.

Edição: Vivian Virissimo