Rio Grande do Sul

Municipários suspendem paralisação em Porto Alegre, mas mantêm "estado de greve"

Mobilização contra o parcelamento de salários e os projetos de lei encaminhados pelo prefeito da cidade continuam

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Municipários aprovaram suspensão da greve em assembleia geral realizada na Casa do Gaúcho
Municipários aprovaram suspensão da greve em assembleia geral realizada na Casa do Gaúcho - Guilheme Santos/Sul21

Os municipários de Porto Alegre decidiram, em assembleia geral realizada na tarde desta segunda-feira (13), na Casa do Gaúcho, suspender a greve iniciada há 40 dias, mas manter o estado de greve da categoria. Os servidores decidiram também manter a mobilização contra o parcelamento de salários e os projetos de lei encaminhados pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) à Câmara de Vereadores, alterando a política salarial, retirando direitos do funcionalismo autorizando a concessão dos serviços prestados pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) à iniciativa privada. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 30 de novembro para avaliar a continuidade do movimento.

Um dos fatores que contribuiu para o fim da greve foi o documento assinado por 22 vereadores que se comprometeram a rejeitar os quatro projetos encaminhados por Marchezan ao Legislativo, que eram alvo de protestos dos servidores. Assinaram o documento parlamentares das bancadas do PDT, PSB, PRB, PT, PSOL, PTB, DEM, PMDB e Podemos. No dia 7 de novembro, Marchezan se comprometeu a retirar de tramitação o PLC 11, que trata das gratificações e adicionais dos servidores. Os vereadores signatários do documento se comprometeram a votar contra os projetos, mesmo que eles sejam reenviados à Câmara.

Alberto Terres, diretor geral do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) avaliou esse documento como uma grande vitória da mobilização da categoria. “Essa é uma grande vitória deste movimento. É uma vitória da mobilização e do diálogo que construímos com a sociedade, com associações de moradores e sindicatos. Nós dialogamos com Porto Alegre e Porto Alegre entendeu que o prefeito hoje faz mal à cidade”.

A direção do Simpa considerou a greve vitoriosa e advertiu que a categoria não se desmobilizará nas próxima semanas e seguirá pressionando a Prefeitura e o Legislativo para evitar a aprovação de projetos que retirem direitos dos servidores e entreguem serviços e patrimônio público para a iniciativa privada.

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Foto: Guilheme Santos/Sul21

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Edição: Sul21