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Em nota, agentes da Polícia Federal tentam justificar ações arbitrárias

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A Polícia Federal a pretexto de combater a corrupção está agindo como se no Brasil estivesse em vigor um estado de exceção
A Polícia Federal a pretexto de combater a corrupção está agindo como se no Brasil estivesse em vigor um estado de exceção - Divulgação
A Polícia Federal a pretexto de combater a corrupção age de forma autoritária

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou nota defendendo a delegada Erika Mialik Marena, responsável pela Operação Ouvidos Moucos, que culminou com a morte do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina  Luiz Carlos Cancellier de Olivon que se suicidou depois de ter sido preso e humilhado pelos agentes que justificam tudo o que fizeram arbitrariamente.

Na verdade, a Polícia Federal a pretexto de combater a corrupção age de forma autoritária como se o preso, como no caso do então Reitor em Santa Catarina fosse culpado antes de qualquer aprofundamento da investigação. O Reitor, de forma totalmente discricionária foi proibido de retornar a Universidade. Foi humilhado e submetido a vexames, mas agora a Polícia Federal defende o arbítrio e chega ao desplante de acusar quem denunciou a ação como aproveitadores de uma situação.

A responsabilidade é totalmente da Polícia Federal, que inclusive repetiu a dose arbitrária na Universidade Federal de Minas Gerais, desta vez envolvendo até uma homenagem pela anistia que a referida universidade está preparando.

O fato é que a Polícia Federal a pretexto de combater a corrupção está agindo como se no Brasil estivesse em vigor um estado de exceção, o que é inadmissível. Mas como o Brasil é governado por golpistas que ocuparam o governo em 2016, os agentes da Polícia Federal se sentem estimulados a agir acima da lei. E ainda por cima lançam nota de apoio à responsável pela ação arbitrária que resultou no suicídio do Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivon.

A sociedade brasileira hoje não pode aceitar a repetição de ações policiais como na época da ditadura empresarial militar, iniciada em abril de 1964, em que os agentes responsáveis por torturas e assassinatos foram contemplados pela impunidade, que agora estimula também os repressores atuais, que contam também com a impunidade.

Na verdade, ao agirem dessa foram nas Universidades Federais estão na prática servindo a grupos interessados em privatizar o ensino superior, algo que não conseguiram na época da ditadura empresarial militar através do então famigerado acordo MEC-Usaid, devido sobretudo a resistência do movimento estudantil de então.

É preciso combater a corrupção do mercado e do capital financeiro que graça sem que a população brasileira tome conhecimento porque não é divulgada pela mesma mídia comercial que tanto estimula  os agentes da Polícia Federal, que também aceitam passivamente qualquer tipo de ação para impedir, por exemplo, que o Banco Itaú seja perdoado  por uma dívida de 25  bilhões de reais ou empresas petrolíferas como a Shell sejam também contempladas com o perdão de 1 trilhão de reais. O que diz a Polícia Federal sobre esse crime patrocinado pelo governo lesa pátria de Michel Temer? Resposta: absolutamente nada, pois os agentes preferem iludir os incautos com operações espalhafatosas em coordenação com a mídia comercial conservadora, useira e vezeira em agir tendo por objetivo enganar a opinião pública.

Para acabar com esse estado de coisas que remete ao estado de exceção, é preciso o máximo de atenção para o que está sendo operado em que a corrupção afeta sobremaneira a população  brasileira. Até porque ao se somar tudo o que o governo golpista favoreceu ao Banco Itaú e empresas como a Shell, veremos que muitas das ações policiais não passam de jogadas de marketing que no fundo desviam a atenção da corrupção governamental que contempla o mercado e o capital financeiro, que dão sustentação ao governo golpista do lesa pátria Michel Temer, agora apoiado com a máxima veemência pelo político que preside o PSDB e pretende entrar na seara do extremista de direita Jair Bolsonaro, um parlamentar que quando esteve nos Estados Unidos bateu continência à bandeira estadunidense e fez também promessas mirabolantes de entregar o que ainda resta das riquezas nacionais.

Em suma, Bolsonaro, Alckmin e Temer são farinha do mesmo saco que levam a Polícia Federal a cometer arbitrariedades e ainda por cima justificar ações que apenas confirmam que no Brasil prevalece o estado de exceção e que na realidade tiram de foco a corrupção que inferniza a vida da população brasileira.

Edição: Brasil de Fato RJ