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Febre Amarela é realmente um problema urbano?

Médica comenta atual situação da doença que tem causado dúvidas na população

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Campanha de vacinação segue nas cidades
Campanha de vacinação segue nas cidades - Rodrigo Nunes/MS
Médica comenta atual situação da doença que tem causado dúvidas na população

Geralmente encontrada em regiões próximas às matas, a febre amarela é uma doença que vem aparecendo cada vez mais em cidades urbanizadas do sudeste brasileiro. A doença que, inicialmente, infectava moradores do Norte e Centro-Oeste do país, desde que se aproximou do litoral vem causado apreensão e dúvidas na população urbana, que não está acostumada a lidar com o vírus.

Campanhas de vacinação contra a febre amarela nas chamadas áreas de risco dos grandes centros urbanos — ou seja, regiões próximas à parques e à mata atlântica — foram iniciadas por órgãos da saúde. 

Porém, o aumento dos infectados e dos que chegam à óbito por conta da febre amarela em cidades como Mairiporã, Atibaia e a capital paulista fez com que o governo do Estado de São Paulo tomasse, no início do mês, a decisão de vacinar não somente as pessoas que vivem nas áreas de risco mas, sim, toda a população. 

A pergunta da semana no quadro Fala Aí é sobre o avanço da febre amarela.

“Me chamo Juan Luca dos Santos, tenho 18 anos e sou estudante. Gostaria de saber se a febre amarela é realmente um problema urbano.”

Quem responde é a médica da família Taís Matos. Confira:

"Olá Juan Luca, eu sou a Taís Matos, sou médica de família e gostaria de responder sua pergunta sobre a febre amarela. Sim, a febre amarela hoje ela é um problema, apesar de que o vírus que tá circulando no momento é o vírus silvestre, ela tem duas formas, a forma silvestre e a forma urbana. Então ela se tornou um problema porque aumentou a incidência de números de casos em área urbana. Só que se as medidas de promoção e prevenção de saúde, se os gestores tiverem compromisso com promoção e prevenção e essas medidas forem eficazes a gente consegue diminuir a incidência e a prevalência da doença."

Edição: Mauro Ramos