O Seminário Estadual para construção do Congresso do Povo Brasileiro, realizado neste sábado (7), em Palmas, Tocantins, reafirmou a importância da organização e mobilização popular para enfrentar a destruição do Estado.
Em carta divulgada ao final do encontro, os participantes avaliam que os ataques, perseguições e injustiças provocadas pelas políticas do governo Temer servem aos interesses das indústrias petrolíferas estrangeiras e ao Estados Unidos. Afirmam, ainda, que “o judiciário brasileiro age exclusivamente pensando em benefício próprio, dos poderosos e dos ricos do país”.
Em nota, a Frente Brasil Popular, uma das articuladoras do Congresso do Povo, lançou nota em repúdio a atitude provocativa de um grupo, identificado como apoiadores do pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro, que gerou confusão durante ato realizado em apoio à Lula, no dia 6 de abril.
Carta do Seminário Estadual do Congresso do Povo Brasileiro
Nós, lutadores e lutadoras do povo tocantinense, reunidos em Palmas no Seminário Estadual para construção do Congresso do Povo Brasileiro, reafirmamos a importância da organização e mobilização popular do povo brasileiro como única alternativa viável para enfrentarmos a destruição do Estado Brasileiro e os ataques, perseguições e injustiças que têm sido provocadas pelo agenda golpista e neoliberal de Michel Temer e sua quadrilha de apoiadores que servem aos interesses das indústrias petrolíferas estrangeiras e ao governo dos Estados Unidos da América (do norte).A cada dia fica mais evidente que o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff é, assim como foi em 1964, uma farsa na forma de golpe, promovido pela classe dominante que não aceita a vontade popular depositada nas urnas.
A cada dia fica mais evidente, também, que o judiciário brasileiro age exclusivamente pensando em benefício próprio, dos poderosos e dos ricos do país. A ideia de que a justiça é para todos e todas, como o exemplo dos últimos meses tem mostrado, não passa de uma mentira!
Se não é assim, por que então a greve dos juízes pela manutenção do “auxílio moradia” não foi punida com o corte de ponto, como fazem com a gente? Por que a manifestação dos engravatados não foi reprimida com a tropa de choque e cavalaria?
A conjuntura acelerada ao mesmo tempo que nos exige uma postura ativa/propositiva nos mostra a covardia de diversos setores da burguesia interna, mais particularmente nos últimos dias das Forças Armadas que, ao invés de se unirem ao povo contra a entrega do Pré-sal, da Base de Alcântara, das nossas terras e dos nossos minérios aos americanos, se voltam contra o Presidente Lula, a única liderança popular capaz de vencer as eleições de 2018 e reverter o golpe (jurídico-parlamentar-midiático) de Estado e interromper a agenda neoliberal que toma a cada dia características mais perversas, típicas do fascismo. Ao invés de se insurgirem, igualmente, contra a Emenda Constitucional 95 que congela os gastos públicos com saúde, educação, moradia etc, que podem garantir minimamente a dignidade de vida ao povo, destroem as margens democráticas do Estado Brasileiro. Não ouvimos nenhuma posição das forças que patrocinaram o golpe em defesa da democracia, da soberania e dos direitos da classe trabalhadora brasileira.
Mas, nós seguiremos ampliando a unidade das forças populares e democráticas na construção de um Projeto Popular para o Brasil onde o povo brasileiro seja protagonista. E é esse o objetivo central do Congresso do Povo Brasileiro!
Não recuaremos, igualmente, em nenhum momento na defesa do presidente Lula como candidato legítimo nas eleições deste ano. A história nos deu um grande líder de massas, a luta nos dará a vitória.
Pátria Livre, Venceremos!
Palmas-TO, 07 de abril de 2018
Edição: Diego Sartorato
