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Barraca do Ceará oferece alimentos a preços acessíveis na Feira da Reforma Agrária

Agricultores viajaram milhares de quilômetros por dias para chegar à 3ª Feira da Reforma Agrária, em São Paulo

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Delegação do Ceará na Feira Nacional da Reforma Agrária
Delegação do Ceará na Feira Nacional da Reforma Agrária - MST

Há quem goste de correr estrada. Fidel Preto, por exemplo, é gaúcho, mas deixou o Rio Grande do Sul para trabalhar com o MST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, no estado do Ceará, no Nordeste do país. 

Fidel é médico veterinário formado pela turma do MST na Universidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul.  Hoje contribui com a cadeia produtiva dos derivados do leite no estado nordestino.

Ele participa da 3ª Feira Nacional da Reforma Agrária, que acontece em São Paulo, no Parque da Água Branca, até domingo (6).

Foram mais de três mil quilômetros percorridos em quase quatro dias até a capital paulista. E quem acha que uma viagem tão longa desanima essa turma, se engana. 

“Apesar de todo o cansaço, o pessoal vem alegre, contente, porque é um momento não só de comercializar os nossos produtos, mas um momento político, de contribuir com a sociedade e dizer para quê o MST luta pela terra, porque fazemos toda essa articulação”. 

A barraca de produtos do Ceará oferece a preços acessíveis doces, cajuína, castanha de caju, farinha de mandioca, carne de sol e muito mais. 

São cerca de oito toneladas de alimentos saudáveis vindos dos assentamentos e acampamentos cearenses. E transportar toda essa quantidade de produtos é um trabalho a parte. 

“A articulação começa muito antes. 30 dias antes da feira, já começamos a juntar todos os produtos num só local para poder facilitar. Um dia antes da viagem nós empacotamos todo o material, embalamos, tomando todos os cuidados que é preciso ter, cumprindo tudo o que é exigido pela legislação para fazer esse transporte”. 

Edição: Katarine Flor