Coluna

Para desviar a atenção colunistas são acionados para criticar defensores de vítimas

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Boulos foi duramente criticado em outros veículos chegando ao ponto de ser responsabilizado pelas ocupações de prédios abandonados
Boulos foi duramente criticado em outros veículos chegando ao ponto de ser responsabilizado pelas ocupações de prédios abandonados - Ricardo Stuckert
Seguidores de políticos fascistas culparam as vítimas pela tragédia em SP

A mais recente investida dos colunistas de sempre e matérias na mídia comercial têm um alvo e se chama Guilherme Boulos. Tudo se deve ao incêndio e desabamento de um prédio de 24 andares no centro da cidade de São Paulo. Houve até um desses colunistas que chegou  a elogiar o lesa pátria Michel Temer por ter estado no local, apesar de ter saído de lá com a ajuda dos seguranças. O referido nada disse que Temer incursionou no local seguindo a recomendação de um marqueteiro por ele contratado para analisar situações como a acontecida em São Paulo.

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O referido colunista, como não poderia deixar de ser, de O Globo, disse que enquanto Boulos estava em Curitiba, Temer foi lá se solidarizar com os atingidos. Se por acaso Boulos estivesse no local da ocorrência, provavelmente o mesmo colunista o criticaria. Como se não bastasse, Boulos foi duramente criticado em outros veículos chegando ao ponto de ser responsabilizado pelas ocupações de prédios abandonados pelo poder público e localizados em áreas estratégicas, não só na capital paulista como em outra cidades brasileiras.

Nas redes sociais os seguidores de políticos fascistas culparam as vítimas pela tragédia no centro de São Paulo em uma demonstração concreta de ódio aos pobres e ignorância dos problemas brasileiros. Ou seja, os ignorantes culparam, não os governos federal, estadual ou municipal mas as vítimas do descaso do poder público.

É preciso estar sempre atento pelas mentiras assacadas pelos colunistas de sempre que incitam os leitores a odiar os pobres e não as autoridades responsáveis pelo descalabro. Para eles é fácil criticar, de forma odiosa, o dirigente do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) já que ele sempre aponta os verdadeiros culpados por essa situação.

E não é de hoje também que a especulação imobiliária é silenciada na mídia comercial. Já nos anos 70, empresas como Sérgio Dourado, que abasteciam e seguem, com outros nomes de empresas, a abastecer os departamentos comerciais da mídia comercial, são poupados de críticas, ou sequer mencionadas em momentos como o da tragédia em São Paulo, como se esse setor empresarial agisse de forma correta.

Nesse sentido, os tais colunistas de sempre são acionados para desviar atenção do problema e preferem, no caso atual, criticar Guilherme Boulos, que desde muito tempo defende os interesses dos setores marginalizados, geralmente pela agressiva especulação imobiliária, que ao longo dos anos deformou muitas cidades brasileiras.

É lamentável que os tais colunistas de sempre poupem os verdadeiros culpados pela situação atual e centrem suas análises em figuras que defendem as vítimas, chegando ao ponto até de elogiar uma figura política execrada pelos brasileiros, como o ocupante indevido do Palácio do Planalto, que ao que tudo  indica desistiu da candidatura presidencial na eleição marcada em princípio para o próximo dia 7 de outubro. Temer desistiu, mas continua ativo para conseguir evitar que ao fim do mandato seja obrigado a responder na justiça pelas séries de acusações que conseguiu se livrar com a ajuda de sua base aliada. Uma ajuda em que algum momento será revelada com detalhes, ou seja, os custos para o erário público.

Essa é a realidade que o Brasil atravessa nos dias atuais e que vem sendo escondida nos mais variados espaços midiáticos. Agora, quando a cada dia que passa a direita se apresentando como centro encontra dificuldades para continuar enganando a opinião pública, mais os colunistas de sempre são acionados para criminalizar os movimentos sociais e seus líderes, como aconteceu nos últimos dias em relação a Guilherme Boulos.

Mas Michel Temer conta com a caneta para acioná-la na ajuda a alguém, por exemplo, como Geraldo Alckmin, o candidato que o lesa pátria parece investir no momento.

Edição: Brasil de Fato RJ