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Família Marinho repete posicionamentos históricos em apoio a golpes

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Mas o que O Globo faz agora não chega a surpreender, pois vem repetindo a mesma posição ao longo do tempo, haja vista em agosto de 1954
Mas o que O Globo faz agora não chega a surpreender, pois vem repetindo a mesma posição ao longo do tempo, haja vista em agosto de 1954 - Divulgação
Isso quer dizer que autocríticas do esquema Globo não servem para coisa alguma

A família Marinho, proprietária do esquema Globo, realmente não se emenda. Depois da apoiar os golpes de 1964 e 2016, que resultou na ascensão de Michel Temer, o editorial do jornal O Globo agora prega uma intervenção militar na Venezuela para derrubar o presidente recém reeleito Nicolás Maduro.

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Isto quer dizer que os filhos de Roberto Marinho, agora controladores do grupo midiático, simplesmente seguem a rota golpista do patrono da empresa. No caso da Venezuela, da mesma forma que no Brasil nos anos mencionados, O Globo seguiu a orientação do Departamento de Estado Norte-Americano de apoiar o golpe militar.

No caso do golpe de 1964, O Globo chegou  a fazer autocrítica, que não passou de mais uma mentira para enganar a opinião pública, que conhecendo o que estava escondido pelo próprio  jornal da família Marinho passou a repudiar o que havia ocorrido na longa noite escura que se abateu sobre o Brasil.

Isso quer dizer na prática que as autocríticas do esquema Globo não servem para coisa alguma, ou melhor, servem apenas para tentar enganar os incautos. A pregação golpista lida no editorial de terça-feira (22) de alguma forma ajuda à tomada de posição do governo de Michel Temer, que se posicionou junto com Donald Trump e os integrantes do tal grupo de Lima, contra a reeleição de Nicolás Maduro, na verdade desrespeitando a vontade do povo venezuelano.

Mas o que O Globo faz agora não chega a surpreender, pois vem repetindo a mesma posição ao longo do tempo, haja vista em agosto de 1954, que culminou com a morte do presidente Getúlio Vargas. Nos dias de hoje, a família Marinho se sente proprietária da verdade e não aceita nenhum outro posicionamento que não seja a decretação de guerra contra o governo venezuelano, bem como a aprovação de medidas que favoreçam poderosos grupos econômicos nacionais e estrangeiros, como, por sinal, vem fazendo o atual governo de Michel Temer, principal responsável pelo pesadelo que se abate sobre a nação.

Quanto a Temer, a sua tomada subserviente de posição contra o governo da Venezuela tem validade zero e envergonha o Brasil, por seguir tudo o que o governo dos Estados Unidos exige. Internacionalmente, as principais lideranças mundiais sabem perfeitamente quem é ocupante do governo brasileiro. Trocando em miúdos, poucos no mundo levam a sério a tomada de posição de Temer, seja que matéria for. E fica claro que o motivo principal é exatamente fazer o que manda o governo de ''Michel Trump''.

Internamente nem se fala. O lesa pátria desistiu de ser candidato a continuar ocupando o governo e tenta emplacar o aposentado do Banco de Boston, Henrique Meirelles como candidato à Presidência. Na verdade, o que Temer quer mesmo é que o seu substituto se comprometa em livrá-lo de uma ação judicial que terá de responder pela série de acusações de corrupção que pesam contra ele.

Nesse sentido, a candidatura Meirelles pode não ser para valer, mas apenas uma jogada para daqui algumas semanas tentar unir a tal direita que se apresenta como centro, cujos representantes são também Geraldo Alckmin, Rodrigo Maia, cujo pai foi condenado por falcatruas cometidas quando era prefeito do Rio de Janeiro, e outros ainda menos votados, segundo indicam as mais recentes pesquisas.

Edição: Jaqueline Deister