Na tarde do dia 22 (sexta), o pastor João Batista Vasques trouxe a Curitiba um debate importante sobre “Justiça e paz”, no acampamento em apoio ao ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Durante sua fala, nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal, o evangélico ressaltou a valentia dos militantes que resistem há 77 dias por justiça.
“Viemos trazer uma mensagem de amor aos nossos amigos que resistem aqui: assim como Jesus, nós também amamos o presidente”. Para o pastor, foi no governo petista que os brasileiros passaram a ter qualidade de vida. “O necessitado foi alcançado, ou seja, todas as minorias só conseguiram se erguer graças às políticas públicas do governo Lula”, defende. Vasques recorda que durante a candidatura do ex-presidente, em 1989, diziam que ele fecharia as igrejas, mas assim que assumiu o cargo, em 2003, mostrou imenso respeito aos religiosos. “Em momento algum fomos cerceados, pelo contrário, foi um momento de muitos avanços”, comenta.
Pastor e membro do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região Sorocaba, Joel Américo explicou que grande parte dos 40 irmãos que vieram a Curitiba tem o registro de Capelania, que permite a entrada legal em cárceres para visitar qualquer preso. “A justiça hoje no Brasil está tão fragilizada, que nós não conseguimos fazer isso aqui no caso do Lula”, explica.
O sindicalista também expôs aos acampados que, devido ao estado de exceção do país, faltam representantes alinhados com o propósito de vida dos evangélicos. “Bolsonaro, por exemplo, tem 35 anos como deputado. Viu o Rio de Janeiro entrar no buraco e não fez nada pelo seu povo”, avalia. Américo denuncia ainda o confronto de ideias de políticos que dizem atuar por causas religiosas, quando na verdade usam a religiosidade para priorizar sua agenda.
Absolvição de Gleisi Hoffmann
Pré-candidatos aos cargos de deputado estadual e federal pelo PT-SP, Izídio Pereira e Hamilton Pereira foram convidados pelos organizadores a participar da visita, que definem como uma reunião de solidariedade para com o presidente Lula.
Sobre a absolvição da senadora e presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffman, Hamilton Pereira acredita que finalmente a Justiça brasileira está cedendo à pressão internacional, acolhendo as considerações feitas pela Organização das Nações Unidas (ONU) do ato equivocado em prender um ex-presidente sem provas.
Edição: Pedro Carrano