Coluna

Temer confirmará no encontro com o vice dos EUA que segue a cartilha exigida

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O ocupante do Palácio do Planalto já concedeu muitas facilidades às multinacionais do petróleo que com a visita de Pence vai se intensificar
O ocupante do Palácio do Planalto já concedeu muitas facilidades às multinacionais do petróleo que com a visita de Pence vai se intensificar - Beto Barata/PR
O papel subserviente de Michel Temer é considerado indispensável

O presidente Michel Temer, repelido pela população brasileira como indicam as pesquisas, receberá nesta terça-feira (26) o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Segundo já se adianta, a questão da Venezuela estará na ordem do dia das conversações. Não é preciso nenhuma bola de cristal para prever que o representante estadunidense vai exigir de Temer posições ainda mais duras contra o presidente Nicolás Maduro, porque, como não é nenhum segredo, o governo de Donald Trump quer controlar o petróleo venezuelano.

No Brasil, o ocupante do Palácio do Planalto já concedeu muitas facilidades às multinacionais do petróleo, mas a Venezuela tem resistido ao assédio, que com a visita de Pence vai se intensificar. E também é fácil de prever que serão acionados na mídia comercial os colunistas de sempre para criticar Maduro e demais integrantes do governo bolivariano.

O papel subserviente de Michel Temer é considerado indispensável para os interesses estadunidenses, daí  a visita e os possíveis "rapapés" que serão destinados à Mike Pince, que terá de falar alguma coisa sobre a separação de crianças dos pais nos EUA por determinação de Donald Trump.

Por sinal, até agora não se sabe, exatamente, segundo o noticiário corrente, o que acontecerá com as crianças, inclusive as 49 brasileiras. Não será propriamente nenhuma surpresa se Temer não cobrar de Pence um posicionamento mais esclarecedor sobre a ocorrência. Faz parte do estilo de um presidente subserviente não fazer exigências. É mais do que claro que Michel Temer não defende os interesses brasileiros, mas tão somente os do capital, sempre em detrimento da maioria da população brasileira. É um dos motivos que se explica a rejeição do povo ao governante que assumiu por meio de um golpe parlamentar, midiático e judicial em 2016.

Quem tiver dúvidas ao que está sendo refletido neste espaço, pode tirá-las acompanhando o noticiário de jornalões e telejornalões, sobretudo do esquema Globo, sobre o encontro de Temer e Mike Pence em Brasília. Pelo que tem sido divulgado ou escamoteado em relação ao que o governo brasileiro vem fazendo nestes mais de dois anos, por exemplo, com as riquezas petrolíferas do pré-sal,  também não é necessário nenhuma bola de cristal para prever o que vem por aí em matéria de informações envolvendo os interesses brasileiros.

Não será de se estranhar também que Mike Pence obtenha com facilidade maior concessões por parte do governo Michel Temer, que, afinal de contas, assumiu a Presidência com o apoio do Departamento de Estado norte-americano para fazer exatamente o que está fazendo.

No caso de ser feito uma retrospectiva histórica, Temer e seus apoiadores repetem o que já fizeram alguns presidentes, eleitos ou não, como, por exemplo, nos anos 40, Eurico Gaspar Dutra e o primeiro ocupante de plantão pós abril de 1964, no caso o Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Tanto um quanto o outro,  para não mencionar os demais generais de plantão, defenderam poderosos interesses econômicos em detrimento da população brasileira.

Entraram para a história dessa forma e Temer ocupará os espaços históricos de forma ainda pior, porque em pleno Terceiro Milênio tem feito o que muitos governantes traidores do povo brasileiro não conseguiram fazer. Nesse caso não deve ser esquecido o presidente Fernando Henrique Cardoso, que continua tentando a todo custo ditar regras de como melhor entregar as riquezas acionais de mão beijada.

Edição: Jaqueline Deister