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Assistência Social

Regiões de Curitiba podem ficar sem atendimento de assistência social

Proposta da Prefeitura prevê o fechamento de 7 CRAS em regiões de vulnerabilidade

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |

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Se o corte for efetivado, os cidadãos que eram atendidos pelas unidades fechadas serão deslocados para outros Cras
Se o corte for efetivado, os cidadãos que eram atendidos pelas unidades fechadas serão deslocados para outros Cras - Ricardo Marajo/Arquivo/FAS

Em discussão na pauta do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) desta segunda 9, o projeto “Reordenamento da rede”, de autoria da Prefeitura de Curitiba. Sob a alegação de que algumas regiões de Curitiba não apresentam grande demanda, a proposta tem como objetivo fechar os Centros de Assistência Social (CRAS) dos bairros CIC, Butiatuvinha, Fazendinha e Portão.

Movimentos, entidades e organizações não governamentais que integram a Frente em Defesa do Sistema Único de Assistência Social e da Seguridade Social emitiram nota contrária à proposta, manifestando preocupação justamente porque as regiões que ficarão sem atendimento são territórios de vulnerabilidade social.

Jucimeri Silveira, conselheira do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), afirma que “a garantia da assistência social tem grande importância no acesso à outras políticas públicas. Hoje são mais de 200 mil famílias referenciadas que dependem da assistência para poder sair da pobreza e ter seus direitos humanos garantidos”.

Sobre o argumento da Prefeitura que os locais não apresentam demanda, Jucimeri diz que é preciso debater de forma transparente a real situação dos CRAS. “O que temos hoje não é pouca demanda, mas falta de condições no atendimento, com falta de funcionários, por exemplo”.

As entidades que integram a Frente entraram com um pedido junto ao Ministério Público para que o debate com a população seja assegurado. A partir desta reivindicação, o Conselho Municipal de Assistência Social deliberou pela realização de Audiências Públicas que acontecerão ao longo do mês de julho.

Edição: Laís Melo