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PAPO ESPORTIVO | A primeira vez do Botafogo com Marcos Paquetá e mais alguns pitacos

Botafogo e Fluminense venceram seus jogos pelo Brasileirão; o Flamengo segue líder; e o Vasco vacilou na Sul-Americana

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O lateral-direito Marcinho marcou o gol da vitória do Botafogo contra a Chapecoense
O lateral-direito Marcinho marcou o gol da vitória do Botafogo contra a Chapecoense - Vítor Silva / SS Press / Botafogo
Botafogo e Fluminense venceram seus jogos pelo Brasileirão; o Flamengo segue líder; e o Vasco vacilou na Sul-Americana

Como já é de praxe na história do Botafogo, a primeira vitória do time sob o comando do técnico Marcos Paquetá foi bastante sofrida nesta quinta-feira (26). O gol do lateral-direito Marcinho no início da segunda etapa colocou um fim nas vaias de parte da torcida e garantiu os três pontos diante da Chapecoense num momento em que o Glorioso mais precisava de paz para trabalhar nessa temporada. Não digo isso apenas pelo que acontece dentro de campo, já que o time ainda carece de reforços confiáveis e sofre com as lesões de jogadores importantes como os goleiros Jefferson e Gatito Fernández. Fora de campo o clima também é quente. Vide a invasão de General Severiano na última quarta-feira (25).

Por mais que a torcida exija a contratação de reforços e a formação de um time forte para a sequência do Brasileirão, a grande verdade é que o Botafogo sofre do mesmo mal que muitos clubes no país: a falta de dinheiro. É um eterno vender o almoço para comprar o jantar. O título carioca pode até ter dado a sensação de que as coisas poderiam ser diferentes em 2018, mas o que se vê são as mesmas dificuldades dos últimos anos no clube. Falta verba para contratar e honrar os compromissos. E como o torcedor médio quer saber apenas de vitórias a qualquer custo, o caldo de insatisfação já está formado.

O time está fazendo a sua parte dentro de campo. A vitória sobre a Chapecoense é a prova de que os comandados de Marcos Paquetá vão dar o sangue em cada partida. Resta saber se o treinador terá que fazer omeletes sem ovos no restante dessa temporada. Aguardemos.

E o Flamengo?

A virada do Grêmio sobre o São Paulo foi excelente para as pretensões do Flamengo. O time segue líder do Brasileirão e tem o Sport Recife pela frente neste domingo (29), no Maracanã. Só resta saber como estará Paolo Guerrero. O peruano voltou mal demais da Copa do Mundo e dá a impressão de jogar com uma extrema má vontade com a camisa rubro-negra (ou azul, no caso de quarta-feira). É bom lembrar que o camisa nove pediu um caminhão de dinheiro para renovar com o Fla e que ainda existe insatisfação por parte do jogador por conta do episódio de doping. Guerrero é um baita atleta. Mas será que vale a pena fazer esse esforço para mantê-lo no clube?

O efeito Marcelo Oliveira no Flamengo

Muita gente pensou que o Fluminense desceria a ladeira com a saída de Abel Braga do time. Só que Marcelo Oliveira chegou, mudou o esquema tático e conseguiu dar uma outra cara ao Tricolor das Laranjeiras. Foram sete pontos conquistados em nove disputados e um futebol ofensivo e eficiente, bem de acordo com as tradições do clube. E vale também destacar as belas atuações de Pedro, Jadson, Gilberto e Júnior Dutra com a camisa do Fluzão. Se a diretoria conseguir segurar a onda nos bastidores e garantir a paz necessária para Marcelo Oliveira trabalhar, a tendência é que o time surpreenda ainda mais gente nessa sequência do Brasileirão.

O time do Vasco

Está sendo bem complicado entender algumas coisas no Vasco. O elenco não é tão ruim como pintam, o time está numa situação até certo ponto confortável no Brasileirão e ainda tem a Copa Sul-Americana pela frente. Só que a derrota para a LDU em Quito deixou algumas perguntas no ar: será mesmo que era necessário poupar jogadores como Breno e Yago Pikachu desse jogo? Por que o técnico Jorginho segue com sua mania de recuar o time depois de balançar as redes? E como é que a defesa cruzmaltina consegue se enrolar tanto nas bolas aéreas? Repito: o Vasco tem um time razoável e pode fazer muito mais do que vem fazendo nessa temporada. O que vem faltando é um pouco mais de firmeza nas decisões de Jorginho e um pouco mais de paz nos bastidores.

Grande abraço e até a próxima!

Edição: Brasil de Fato (RJ)