União

Representantes de Marcha visitam integrantes da Greve de Fome

Quatro integrantes da coluna Teresa de Benguela visitaram os sete grevistas

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Coluna Teresa de Benguela é integrada por militantes da região centro-oeste e da amazônica
Coluna Teresa de Benguela é integrada por militantes da região centro-oeste e da amazônica - Divulgação

Representantes da coluna Teresa de Benguela, umas das três colunas da Marcha Nacional Lula Livre, visitaram os sete militantes dos movimentos populares que deflagram greve de fome há treze dias. A visita aconteceu neste sábado (11) e marcou o primeiro de três encontros que acontecerão entre marchantes e os grevistas.

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Luiz Gonzaga (Gegê), Frei Sergio Görgen, Jaime Amorim, Zonália Santos, Vilmar Pacífico, Rafaela Alves estão desde o início da greve. Leonardo Soares completou seu quinto dia sem se alimentar.

Os membros da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Atiliana Vicente Brunetto (MS), Luiz Roberto de Oliveira (RO) e Divina Lopes (MA) levaram as palavras de solidariedade das mais de mil pessoas que compõem a coluna Teresa de Benguela, com militantes dos estados do Centro-Oeste e da Região Amazônica. 

Zonália Santos, disse estar muito feliz em receber as companheiras da região amazônica e de Luiz, que é de seu estado, e reafirma o compromisso com a greve. “Entendemos essa greve como nossa tarefa e nossa perspectiva é de esperança. Essa greve não é isolada, é composta por várias iniciativas, dentre elas a Marcha e outras atividades que acontecerão a partir do dia 15. Ela está dentro de um conjunto de ações que buscam fazer com que o povo brasileiro se levante, para que todos os brasileiros tenham direito de votar em quem querem votar. O STF não vai nos impedir disso”, reforçou a militante do MST. 

Divina contou aos grevistas que a Marcha tem recebido muito apoio da população e reforçou os objetivos da ações. “Viemos trazer o abraço no calor da Marcha. Da coluna Teresa de Benguela, que resgata essa militante histórica da luta quilombola. E entendemos que as duas ações azem parte de um diagnóstico intercalado da conjuntura. E todos na Marcha estão com muita vontade de dar o abraço coletivo em vocês. Estamos muito orgulhosos de vocês”, ressaltou. 

Militante histórico da luta por moradia, Luiz Gonzaga, o Gegê, disse que somente a luta de classes garantirá mudanças no país. “Sabemos que estamos nos sacrificando, porém esse sacrifício é por conta de milhares de famílias que não têm um pedaço de pão para colocar na mesa, por milhares de mães que lutam para levar alguma coisa pra casa. Quantos pais de família estão sem saber o que fazer para sustentar seus filhos? E para isso é importante a gente saber que existe um único e exclusivo nome que esse povão depositou e deposita sua confiança: Luiz Inácio Lula da Silva. Queremos Lula livre, Lula inocente e Lula presidente. Para que possamos a partir do primeiro de janeiro ter com que dialogar e a quem cobrar”.

Jaime Amorim, da direção nacional do MST, reforçou que a greve de fome não está condicionada ao dia 15, dia do registro da candidatura de Lula. “Estamos conscientes do nosso papel. Uma prática necessária, uma atitude extrema, de quando a gente vê esgotada todas as possibilidades e procura encontrar uma ação radical, extrema, que consiga furar esse bloqueio. Mandei variados recados que a greve de fome não está condicionada ao dia 15. Não está condicionada ao registro da candidatura. Nós vamos continuar na greve por tempo indeterminado garantindo o propósito e a tarefa dada que e da garantia da liberdade de Lula. Estamos aproveitando para fazer todo tipo de denúncia mas o central é a condição de liberdade de Lula". 

Edição: Rafael Tatemoto