Paraná

Eleições 2018

Prisão de Richa assombra eleições para governador

Líderes das pesquisas têm ligações com presos e denunciados na operação Rádio Patrulha

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
O apoio do ex-governador agora é rechaçado pelos candidatos ligados a ele.
O apoio do ex-governador agora é rechaçado pelos candidatos ligados a ele. - Marcelo Camargo / Agência Brasil

A prisão de Beto Richa criou um fato inusitado nas eleições no Estado. O apoio do ex-governador agora é rechaçado pelos candidatos ligados a ele. “Isso é novo. A prisão bem documentada do ex-governador colocou na defensiva os três principais candidatos ao governo estadual”, diz Ricardo Costa Oliveira, professor de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Ratinho Junior, Cida Borghetti e João Arruda, os mais bem colocados nas pesquisas, têm relações políticas e familiares com Richa e outras pessoas presas na Operação Rádio Patrulha.

Ratinho foi secretário de Desenvolvimento Urbano de Richa. Cida era a vice dele. João Arruda é genro do empresário Joel Malucelli, um dos alvos da operação. “Essas conexões revelam que a política paranaense é um negócio para poucas famílias”, aponta Ricardo Oliveira.

A prisão do ex-governador causou estragos na campanha de Beto ao Senado, mas não alterou ainda  quadro a corrida eleitoral para o governo. “A prisão colocou Ratinho Júnior na situação de ter que se defender por ter participado do governo do Beto. A campanha da Cida também sofre esse mesmo impacto. O próprio João Arruda fica numa posição desconfortável”, analisa Oliveira.

Alternativas

As alternativas de oposição à família de candidatos de Richa ao governo, como Dr. Rosinha (PT) e Professor Piva (Psol-PCB), estão com 4% e 1% de intenção de votos na última pesquisa Ibope, de 4 de setembro. Não é possível saber se evoluíram nos últimos dias por conta da falta de novas pesquisas no Estado.

 

                         

 

 

Edição: Frédi Vasconcelos