Eleições 2018

Ana Amélia, vice de Alckmin, esquiva posicionamento sobre #EleNão no segundo turno

Ana Amélia (PP), Kátia Abreu (PDT) e Manuela D’Ávila (PCdoB) participaram de debate na manhã desta terça-feira (2)

Brasil de Fato | São Paulo |
Debate foi realizado pelo grupo UOL, STB e o jornal Folha de São Paulo com três candidatas a vice-presidente
Debate foi realizado pelo grupo UOL, STB e o jornal Folha de São Paulo com três candidatas a vice-presidente - Reprodução

Na manhã desta terça-feira (2), o grupo UOL, o jornal Folha de São Paulo e o canal SBT realizaram um debate entre as candidatas a vice-presidente da República Manuela D’Ávila, vice de Fernando Haddad (PT), Kátia Abreu, vice de Ciro Gomes (PDT) e Ana Amélia Lemos, que compõe a chapa de Geraldo Alckmin (PSDB). 

Manuela D’Ávila se dirigiu às outras duas candidatas para saber sobre o posicionamento delas em relação ao candidato Jair Bolsonaro, alvo de protestos massivos no último sábado. “A senhora e a sua chapa, no segundo turno, manterão essa opinião de defesa do “ele não”, ou era somente algo pontual, em função da disputa eleitoral?”, perguntou. 

“O segundo turno não está definido. Será definido pelas urnas no dia 7 e nós não trabalhamos com essa hipótese. Não há necessidade de condicionar ou imaginar o que vai acontecer. As urnas são sempre uma caixinha de surpresa”, disse Ana Amélia, senadora do Rio Grande do Sul. 

Em resposta à mesma pergunta, Kátia Abreu afirmou que seu lema é "governar pela paz e com amor", que sua chapa defende a mulher brasileira e não aceita "nenhum tipo de ataque às minorias". Por outro lado afirmou que o “PT está brincando à beira do abismo” e criticou a candidatura de Fernando Haddad

Em outro ponto do debate, Ana Amélia afirmou que “votou a favor da PEC 55” (Emenda 95) e criticou o governo de Fernando Pimentel (PT) em Minas Gerais, por fazer parcelamento dos salários do funcionalismo. Em resposta, D’Ávila lembrou que a crise fiscal dos estados não é uma exclusividade dos governos petistas, e que no próprio Rio Grande do Sul, estado de origem das duas, o governo tem feito sucessivos parcelamentos de salários, inclusive com o apoio do partido da senadora do Partido Progressista. 

Ao falar sobre a política externa, a candidata Kátia Abreu definiu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com um “falastrão” e chamou as medidas anunciadas pelo governo estadunidense de “ridículas”. A senadora Ana Amélia afirmou que os governos do PT “apequenaram” a política externa do Brasil ao se voltar para o fortalecimento das relações com os países latino-americanos, e defendeu uma política voltada para as relações com as economias centrais. Em contraposição, Manuela defendeu que o Brasil volte a adotar uma política externa ativa e altiva, e retome o lugar de mediador da política internacional, que teve durante os governos do PT. 

Para o debate, foram convidados os e as vices dos cinco principais candidatos segundo a pesquisa Datafolha de 20 de setembro. Segundo os organizadores, o General Mourão, vice de Jair Bolsonaro (PSL) e Eduardo Jorge, vice de Marina Silva (Rede), decidiram não comparecer. 

Edição: Mauro Ramos