Meio ambiente

Município colombiano rejeita fracking e mineração após consulta popular

Mais de 99% da população de Fusagasugá votaram contra a exploração dessas atividades em seu território

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Moradores comemoram a vitória em Fusagasugá, que se une a outras cidades colombianas no rechaço ao fracking
Moradores comemoram a vitória em Fusagasugá, que se une a outras cidades colombianas no rechaço ao fracking - teleSUR

A grande maioria dos moradores do município colombiano de Fusagasugá rejeitaram, por meio de uma consulta popular realizada nesse domingo (21), as atividades de fracking e mineração na região. Segundo o Registro Nacional do Estado Civil, 39.175 pessoas, ou 99,18% do total, votaram “não” à realização dessas atividades. O “sim” somou 202 votos.

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Fracking é o processo de perfuração, ou fraturamento hidráulico, da terra antes que uma mistura de água de alta pressão seja direcionada para a rocha para liberar o gás no interior, para exploração desse recurso. Além de água, a sonda que perfura o solo injeta mais de 500 produtos químicos, muitos deles tóxicos e cancerígenos, o que pode levar à contaminação de lençóis de água subterrâneos e de rios, apontam especialistas.

Participaram da consulta sobre o fracking e a mineração 37,79% do aptos a votar em Fusagasugá, cidade do departamento de Cundinamarca, região central da Colômbia. Pela lei do país, eram necessários ao menos 34.846 votos para a consulta ser válida, e foram recolhidos 39.499 votos no total.

Com o resultado, Fusagasugá se une a outros municípios colombianos como Cajamarca, Tolima, Pijao, Quindío, Cumaral, Meta, Sucre, Santander, entre outros que também se negaram a ser explorados em projetos de mineração e/ou exploração petroleira em seus territórios.

"Independente do resultado, vamos a esperar pelos efeitos jurídicos que terão a consulta", indicou Luis Antonio Cifuentes, prefeito de Fusagasugá, que apontou que a jornada eleitoral ocorreu com total normalidade e não foram registrados problemas de ordem pública.

*Com informações da teleSUR.

Edição: Vivian Fernandes