Muitas vezes as eleições se definem na última semana quando o número de indecisos vai diminuindo. Na última pesquisa CNT MDA, divulgada na segunda-feira (22), o número de pessoas que disseram votar em branco é de 11% e indecisos é de 3,5%. Outro fenômeno bastante particular do pleito de 2018, é o “vira voto”, a mudança de opção de um para outro candidato.
O Brasil de Fato Paraná entrevistou eleitores que nesta semana mudaram seus votos. É o caso do estudante Jean Kley, de Curitiba, que no primeiro turno chegou a decidir por Jair Bolsonaro, mas escolheu mudar para Haddad nos últimos dias deste segundo turno. Questionado sobre porque mudou seu voto, ele explica que apesar de estar revoltado com os erros do governo petista e revoltado com a “população bandida”, começou a pensar no futuro, além de ter se assustado com o discurso de ódio propagado por Bolsonaro.
“Mudei de Bolsonaro para Haddad porque quero me formar com qualidade”
“Eu tenho 18 anos, sou estudante, e quero poder me formar com qualidade sem precisar passar necessidade. E o senhor Haddad foi responsável por muitos programas de ensino que ajudaram jovens como eu a estar na Universidade. Posso garantir bolsa de 70% numa universidade privada”. Além disso, Jean disse que tem amigos homossexuais e teme pela vida dos mesmos. “Fiquei com medo do discurso apresentado na campanha dele”.
“Por causa das mentiras mudei de nulo para Haddad”
Já a empresária Leonice Medice, cansou de tantas mentiras e mudou seu voto de nulo para o candidato Fernando Haddad. Ela conta que começou a acompanhar reportagens, pesquisar fontes e mudou sua opção de voto. Desde o início do segundo turno havia definido que votaria nulo por não se identificar com as candidaturas. “Mas quando vi o número de mentiras propagadas pelo candidato do PSL, resolvi que não poderia me anular. Estou decidida no voto em Haddad”, afirma Leonice. Além das mentiras, “o discurso do candidato para os eleitores na Paulista foi o que me fez ter certeza que não votaria mais nulo”, conclui.
