Se o crime contra Marielle não for esclarecido, a mensagem é que liberou geral
A edição desta quinta-feira (15) do programa No Jardim da Política, da Rádio Brasil de Fato, recebeu no estúdio Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto e candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
O psicanalista e militante político fez um balanço da sua participação no pleito e saudou o fato de o PSOL ter conseguido atingir a chamada cláusula de barreira, que exigia um mínimo de dez deputados federais eleitos para o acesso ao fundo partidário. O partido dobrou o número de parlamentares e contará com dez representantes na Câmara.
“Esse nosso campo e o PSOL teve uma vitória importante ao atingir a cláusula de barreira, dobrando a bancada parlamentar, como parte desse esforço coletivo que foi feito, nadando contra a corrente”.
Guilherme destacou os pontos polêmicos da campanha, o uso das chamadas fake news e criticou propostas e declarações do presidente eleito Jair Bolsonaro. E relembrou os oito meses do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, que permanecem sem solução.
“Se o crime contra Marielle não for esclarecido, a mensagem que o Estado brasileiro estará dando para a sociedade é que liberou geral”, alertou.
Também participaram do programa a banda paulistana Pitaias, formada só por mulheres. As artistas Norma Odara, Mag Magrela e Priscila Norat falaram sobre o lançamento do EP de estreia do grupo, as dificuldades enfrentadas no ambiente machista da música e os desafios enquanto artistas para o próximo período político do Brasil.
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O programa No Jardim da Política é transmitido pela Rádio Brasil de Fato através do site ou pelo aplicativo do BdF disponível no Google Play.
Edição: Diego Sartorato
