O ano de 2018 não foi bom para os clubes cariocas e o de 2019 se desenha sem muitas mudanças
Bom, conversava eu com alguns amigos sobre o ano de 2018 dos grandes clubes do Rio de Janeiro, um deles me questionou sobre o que eu esperava de 2019, já que eu sempre fui bastante crítico com Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense. Claro que a resposta que eu dei foi que o mínimo que eu esperava era pelo menos algo um pouco melhor do que o papelão dessa temporada. Enquanto o Fla decepcionou sua torcida mais uma vez, vascaínos, tricolores e botafoguenses flertaram seriamente com o rebaixamento e quase que a vaquinha foi para o brejo.
Voltei pra casa e fiquei refletindo sobre esse papo. E acabei concluindo que a tendência é que vejamos mais do mesmo em 2019 aqui por essas bandas. Principalmente pela movimentação dos nossos clubes nesse fim de ano.
Comecemos pelo Flamengo, clube mais rico do estado. Tivemos eleições, Rodolfo Landim substituiu Eduardo Bandeira de Mello numa onda de mudanças pedidas por sócios e torcedores. Mas sabe aquela sensação de que você apenas mudou de problema? Abel Braga será o técnico do Fla no ano que vem, mas os tão sonhados reforços prometidos pela diretoria ainda não se concretizaram. Todo jogador pretendido pelo clube acabou fechando com outro. Ao mesmo tempo, ainda existe o risco de o time perder Cuellar, um dos melhores volantes em atividade no país, por conta da inércia da atual diretoria e dos dirigentes que vão entrar.
O Vasco até que vem tentando reforçar o seu combalido elenco com nomes interessantes apesar de todas as dificuldades. O grande problema está nas saídas do elenco. O goleiro Martín Silva parece não ter aceitado brigar por uma vaga no time titular com Fernando Miguel e já acertou a sua saída do Trem Bala da Colina rumo ao futebol paraguaio. Ao mesmo tempo, a briga política dentro do clube segue fazendo com que ninguém tenha paz em São Januário. E o técnico Alberto Valentim vem tentando fazer o que pode no meio dessa confusão.
Já o Botafogo parece seguir o mesmo caminho do Vasco. O problema está na dificuldade para manter jogadores importantes como o zagueiro Igor Rabello. O “general” alvinegro vem recebendo sondagens de clubes brasileiros e estrangeiros e, diante da situação financeira do Glorioso (que precisa fazer caixa para 2019), corre o sério risco de perder um dos seus principais jogadores. Ao mesmo tempo, a diretoria ainda busca reforços para suprir as posições carentes do elenco e fazer uma temporada digna das tradições do clube ou sem muitos sustos.
E temos o Fluminense. E a grande verdade é que eu nem sei se vai sobrar alguma coisa pra falar em 2019. O time está sendo desmanchado. Ayrton Lucas, Sornoza e Richard foram embora. Fernando Diniz será o técnico da equipe na próxima temporada, mas as coisas ainda precisam se acertar. E o presidente Pedro Abad pode nem permanecer no cargo no ano que vem. Diante disso tudo, como planejar, correr atrás de reforços e de um treinador para o time? E isso sem mencionar a situação caótica das finanças do Tricolor das Laranjeiras.
Meu amigo, tá difícil ser otimista diante de tudo o que eu vi, vejo e ouço por aí nesses últimos dias. A não ser que haja uma mudança drástica (ou um milagre dos deuses do futebol), as coisas dificilmente devem mudar de panorama na próxima temporada. Tomara que eu esteja completamente errado, que eu esteja falando uma grande bobagem e que nossos clubes voltem a fazer bonito. Mas o cenário é desanimador. Infelizmente.
Amigão, um Feliz Natal e um excelente Ano Novo! Nos vemos em 2019!
Edição: Brasil de Fato (RJ)