Venezuela

Ministro de Bolsonaro espalhou foto falsa de manifestação anti-Maduro, diz site

Imagem veiculada pelo chanceler Ernesto Araújo era de passeata de 2017, antes do presidente Nicolás Maduro ser reeleito

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Assim que os EUA reconheceram o autoproclamado Juan Guaidó como presidente da Venzuela, o Brasil seguiu a posição e também o reconheceu
Assim que os EUA reconheceram o autoproclamado Juan Guaidó como presidente da Venzuela, o Brasil seguiu a posição e também o reconheceu - Divulgação/Flickr

Uma foto postada no dia 30 de janeiro pelo Ministro de Relações Exteriores do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo, em sua conta no Twitter, supostamente relacionada às manifestações contra o resultado das urnas que reelegeu o presidente Nicolás Maduro, é falsa, afirma o portal de notícia G1.

A imagem foi destacada em sua postagem com a seguinte afirmação: “O extraordinário movimento pela redemocratização da Venezuela está se avolumando sob a presidência de Juan Guaidó”.

De acordo com a verificação realizada pelo site o registro não é deste ano, como a postagem sugere, mas foi retirada de um vídeo gravado durante um protesto na Venezuela contra o presidente Nicolás Maduro em abril de 2017, ou seja, dois anos antes de Maduro ser reeleito presidente do país, portanto, antes da tentativa de golpe perpetrada por Juan Guaidó.

A publicação do chanceler ainda diz: “Inconformados, países que apoiam ou toleram Maduro querem criar ‘grupos de contato’ ou ‘diálogo’ com seu regime ilegítimo. Isso só serve p/ dar sobrevida à ditadura”.

Crise na Venezuela

No dia 23 de janeiro o deputado do partido oposicionista Voluntad Popular, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino da Venezuela durante um comício onde foi simulado uma cerimônia de posse e um juramento.

Em uma tentativa de golpe de Estado, o parlamentar foi reconhecido por governos como o dos Estados Unidos, Brasil, Colômbia, Canadá, além de países da Europa.

Por sua vez, China, Rússia, alguns países da América Latina, além da Organização da Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA) apoiam a legitimidade do governo Maduro. 

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Edição: Opera Mundi