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PAPO ESPORTIVO | Esse Fluminense de Fernando Diniz ainda vai longe

Fluzão foi valente e foi premiado com o gol salvador de Luciano no final da partida

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Time de Fernando Diniz procurou o gol o tempo todo
Time de Fernando Diniz procurou o gol o tempo todo - Lucas Merçon / Fluminense FC
Fluzão foi valente e foi premiado com o gol salvador de Luciano no final da partida

Essa quinta-feira (14) foi marcada por homenagens, solidariedade e reflexões. Afinal, era a primeira partida do Flamengo após o incêndio no Ninho do Urubu. As manifestações de carinho nas arquibancadas e no gramado tomaram conta das redes sociais e, sem dúvida, chegaram aos corações de todos aqueles que foram atingidos pela tragédia da última sexta-feira (8).

Mas a bola tinha que rolar no Maracanã. E ela rolou com vontade, com as equipes de Flamengo e Fluminense na briga por uma vaga na final da Taça Guanabara para enfrentar o Vasco na decisão desse domingo (17). Boa parte da imprensa esportiva apontava o time comandado por Abel Braga como o favorito no confronto. Mas a equipe comandada por Fernando Diniz soube como se comportar na partida. O Fluzão controlou as ações na partida, teve mais posse de bola e só se complicou nos contra-ataques e nas bolas levantadas na área. Mesmo assim, seguia sendo superior.

Só faltava o gol. Aquele bendito gol que daria a vaga na final da Taça Guanabara. O empate dava vantagem ao Flamengo e o time parecia bem satisfeito com o resultado apesar de levar perigo em alguns lances. Abel sacou Éverton Ribeiro, Diego e Bruno Henrique (que sentiu a coxa) para as entradas de Arrascaeta, Vitinho e Uribe. A ideia de Abelão era cozinhar ainda mais o jogo e garantir a vaga num contra-ataque. Mas o Fluminense não abandonou seu estilo de jogo em nenhum momento. Seguiu colocando velocidade no seu toque de bola e buscando aquele golzinho salvador.

E ele veio. Aos 47 minutos do segundo tempo. Quando a torcida do Flamengo já comemorava a classificação para a final. E justo no vacilo de Arrascaeta, que perdeu a bola na intermediária rubro-negra. Aírton viu a arrancada de Yony González pela esquerda e este viu Luciano entrando na área. O chute do camisa 18 saiu seco, forte e no contrapé do goleiro Diego Alves. Era o gol da classificação e o prêmio pela postura ofensiva e agressiva em grande parte dos noventa e poucos minutos.

Eu mesmo cheguei a colocar o Fluminense como incógnita no início desse ano por justamente não ter ideia do que esperar desse time com Fernando Diniz. E a minha surpresa não poderia ser maior. Mesmo com todas as limitações, o Tricolor das Laranjeiras joga um futebol ofensivo, de bom toque de bola e com muitas qualidades. Se Luciano, Yony González, Bruno Silva e Aírton são os principais jogadores da equipe, é preciso também destacar as boas atuações de Digão e do goleiro Rodolfo, decisivos nos momentos cruciais.

Só sei que esse time do Fluminense tem tudo para ir bem longe nessa temporada. Pelo que eu vi até o momento, o trabalho de Fernando Diniz merece referências e aplausos daqueles que amam o futebol bem jogado. E isso sem falar das novas ideias e da reoxigenada no debate sobre o velho e rude esporte bretão.

E o adversário na final será o Vasco

Preciso mesmo dizer que teremos um grande jogo nesse final de semana? Se o Fluminense vem surpreendendo muita gente, o mesmo deve ser dito pelo Vasco. Tirando o susto contra a Juazeirense, os comandados de Alberto Valentim jogam um futebol bastante consistente. Essa final promete demais.

E o Botafogo parece ter entrado nos eixos

A vitória tranquila sobre o Campinense nesta quarta-feira (13) nos mostrou um Botafogo mais concentrado e mais ciente de suas limitações. Melhor para a torcida que já estava com medo de tempos difíceis na temporada. Zé Ricardo segue fazendo um ótimo trabalho com o pouco que tem.

Grande abraço e até a próxima!

Edição: Brasil de Fato (RJ)