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Repórter SUS | Alcoolismo tem tratamento na saúde pública; saiba mais

Especialista defende a prática de redução de danos e diz que internações são indicadas para situações de risco.

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A criação de blocos carnavalescos, sambas e marchinhas, fantasias e desfiles no carnaval são atividades terapêuticas dos Caps AD
A criação de blocos carnavalescos, sambas e marchinhas, fantasias e desfiles no carnaval são atividades terapêuticas dos Caps AD - Foto: Silvio Rocha / Prefeitura de Aracaju
Especialista defende a prática de redução de danos e diz que internações são indicadas para situações de risco.

Você sabia que cerca de 78% da população adulta no Brasil já fez uso de álcool e até 10% acabam desenvolvendo o uso patológico? Como tem sido enfrentada essa questão na saúde pública?

A abstinência, que vem sendo apontada como forma única de tratamento para quem faz uso abusivo de álcool e outras drogas, motivou as reflexões e análises do Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo (18/02).

No Repórter SUS dessa semana, programa produzido em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), Sérgio Alarcon, médico psiquiatra e pesquisador em Ciências na área de Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, faz uma avaliação do cenário e explica como vem sendo construída a base de tratamento no Sistema Único de Saúde.

"Os centros de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas [Caps AD], as unidades de acolhimento [UA], os hospitais gerais, as próprias equipes de Saúde da Família, responsáveis também pelos Consultórios na Rua, são serviços baseados na lógica ampliada da redução de danos", explica Alarcon.

Defensor da redução de danos, por ser uma "prática de prevenção e dispositivo de promoção de qualidade de vida", ele criticou a apresentação fórmulas únicas para dar conta da complexidade do uso patológico do álcool, por envolver variados contextos. "Em geral, a gente interna o usuário patológico por situações específicas, por exemplo, a hepatite alcoólica, a pancreatite alcoólica, a intoxicação aguda, um risco para a vida, a síndrome de abstinência grave", esclarece.

O psiquiatra também dá dicas de que forma abordar formas de tratamento junto a quem faz uso abusivo de álcool.

Vamos ouvir:

Edição: Cecília Figueiredo