Bastou um tropeço para todo mundo começasse a criticar as ideias de Fernando Diniz no Fluminense
Caros amigos, devo confessar a vocês que existem certos assuntos que me deixam meio irritado. Nem preciso dizer que nosso futebol anda bem pobre de ideias nesses últimos anos, né? Salvo raríssimas e meritórias exceções, é um tal de bico pra cima, defesa fechada e a popular estratégia de “jogar por uma bola”. Mas isso é apenas parte do problema e parte da minha irritação.
Todo mundo reclama, todo mundo pede mudanças e todo mundo pede ideias novas. Eis que o Fluminense contrata Fernando Diniz, treinador conhecido pelos conceitos modernos. Ele chega, começa a treinar o time, você vê as ideias nascendo e tudo mais. No entanto, basta o primeiro tropeço para que todo mundo chame o cara de “Professor Pardal”, de “inventor” e outras alcunhas impublicáveis neste espaço.
Saindo do Rio de Janeiro e chegando à Baixada Santista, o mesmo acontece com o argentino Jorge Sampaoli. Mesmo sendo meio “maluco beleza” o técnico argentino traz ideias novas, colocou o Santos pra jogar com a bola no chão, mas também sofre com a falta de tempo e paciência. Isso só pra vocês terem uma ideia da situação.
Vivemos sim um tempo em que nosso futebol precisa de ideias novas, de uma reoxigenada forte e de algo que mexa com as nossas estruturas. Mas parece que todo mundo tem medo de mudanças. Se a torcida não tem paciência, nossos dirigentes acabam sucumbindo à pressão e optam pelo “mais fácil”: demitir o treinador.
A verdade é que somos escravos dos resultados. A Copa Sul-Americana está aí para provar isso. Bastou o Fluminense empatar sem gols com o Deportes Antofagasta dentro do Maracanã e o Santos ser eliminado pelo River Plate do Uruguai dentro de casa para os críticos pedirem mudanças e o retorno de nomes bem batidos para o comando desses clubes. Caras, mudanças pedem tempo. E não pensem que as coisas vão funcionar num passe de mágica. As derrotas vão aparecer sim. E é preciso aprender com cada uma delas.
Seleção Feminina leva virada
Fico aqui me perguntando de que serviram todos esses dias de treinos na Granja Comary. A derrota de virada para a Inglaterra na She Believes Cup escancarou os problemas do time comandado por Vadão. Pobre Marta. Pobre Formiga…
Botafogo passa fácil pelo Cuiabá
Parece que a péssima Taça Guanabara fez muito bem ao Botafogo. O time joga com muito mais leveza do que no início do ano. A vítima da vez foi o Cuiabá, em jogo válido pela Copa do Brasil. E o que o Erik está jogando não é brincadeira não.
O Vasco segue bem tranquilo…
Talvez um dos times mais bem armados do Brasil hoje seja o Vasco de Alberto Valentim. A defesa é forte, o meio-campo tem criatividade e o ataque tem seu valor. E tudo isso garimpando jogadores aqui e ali. Belo trabalho da diretoria cruzmaltina.
E o Flamengo precisa mostrar serviço
Todo mundo quer ver esse time do Flamengo voando em campo. Não só pelo investimento, mas pelos jogadores que a diretoria trouxe. Abel Braga tem estilo boleiro e mais pragmático. Mas precisa mostrar um pouco mais de ousadia. E olha que a Libertadores está batendo à porta.
Grande abraço e até a próxima!
Edição: Mariana Pitasse