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PAPO ESPORTIVO | Seleção Brasileira tem jogo complicado contra a Austrália

Uma vitória praticamente garante o Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo

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Seleção Brasileira venceu a Jamaica por 3 a 0 na estreia no Mundial da França
Seleção Brasileira venceu a Jamaica por 3 a 0 na estreia no Mundial da França - Assessoria / CBF
Uma vitória praticamente garante o Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo

A Seleção Brasileira estreou muito bem na Copa do Mundo da França ao vencer a Jamaica por 3 a 0 com show da atacante Cristiane no último domingo (9). Quem só viu o placar do jogo pode até pensar que as nossas meninas impuseram seu ritmo e seu estilo e não encontraram problemas para vencer as jamaicanas.

Não foi bem assim. É bem verdade que nossas jogadoras têm mais experiência e talento (pontos que contam muito numa Copa do Mundo). Mas o time comandado por Vadão apresentou alguns dos velhos problemas observados na preparação para o Mundial da França. Não foram poucas as vezes em que o esquema proposto pelo técnico da Seleção Brasileira deixou a defesa exposta contra as velozes adversárias. Fossem elas mais calmas na hora de concluir a gol, as coisas poderiam ter ficado ainda mais complicadas para as nossas meninas. Ao mesmo tempo, a equipe brasileira ainda encontra muita dificuldade para definir as partidas. Foram pelo menos cinco chances claras de gol desperdiçadas durante os 90 e poucos minutos de jogo.

É bem verdade que a Seleção jogou sem a Rainha Marta (que ainda se recupera de lesão muscular) e que a estreia na Copa da França (diante dos nove jogos sem vitórias) foi melhor do que o esperado por todos. Mesmo assim, é bom abrir o olho para o jogo desta quinta-feira (13), contra a Austrália. Primeiro, porque se trata de uma equipe mais organizada taticamente do que Jamaica. E depois, porque as nossas próximas adversárias vêm de derrota para a Itália por 2 a 1 na estreia e precisam desesperadamente dos três pontos para não passarem sufoco na fase de grupos.

O fato da Austrália trabalhar melhor a bola e precisar sair mais para o jogo pode ser benéfico para o estilo de jogo escolhido por Vadão. Os espaços para o contra-ataque e o jogo mais vertical da nossa Seleção podem aparecer. Por outro lado, esse mesmo estilo de jogo costuma deixar o meio-campo com espaços generosos para o adversário. E isso pode ser um problema sério diante de equipes mais qualificadas. Como a Austrália e a Itália.

Uma alternativa pode ser a entrada de Andressinha no meio junto com Formiga e Thaísa para preencher espaços e melhorar ainda mais o passe no setor logo atrás de Andressa Alves e Cristiane no setor ofensivo e Marta (caso tenha condições de jogo) solta e sem obrigações defensivas para armar os contra-ataques. Ou ainda a manutenção de Debinha no time (ou a entrada de Geyse) pelas pontas para aproveitar os espaços às costas das laterais australianas. E ainda temos Ludmila, jogadora de grande velocidade e força física.

Uma vitória praticamente garante o Brasil nas oitavas de final da Copa do Mundo da França. Mas será preciso vencer o nervosismo, ter atenção triplicada e aproveitar cada chance criada durante os 90 minutos. A partir de quinta-feira (13), as coisas começam a ficar mais e mais difíceis na competição.
 

Edição: Brasil de Fato (RJ)