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Em busca de solução, município paulista aprova o Mais Médicos Campineiro

Cidade custeará bolsas em Medicina de Família para atuação em unidades de saúde.

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Bolsas de residência e de curso lato sensu serão oferecidas na Unicamp, PUC-Campinas e São Leopoldo Mandic
Bolsas de residência e de curso lato sensu serão oferecidas na Unicamp, PUC-Campinas e São Leopoldo Mandic - Foto: Reprodução Internet
Cidade custeará bolsas em Medicina de Família para atuação em unidades de saúde.

O secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério, Erno Harzeheim, disse em 13 de junho, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, que o governo iria anunciar na semana que passou a substituição do Programa Mais Médicos.

Logo no início do ano, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já havia prometido um novo programa, mas na ausência de soluções à falta de médicos, estados como Ceará, Espírito Santo e Tocantins iniciaram a elaboração de uma alternativa que responda à demanda de vagas deixadas pelos profissionais cubanos.

No time dos municípios, Campinas aprovou no final de maio a lei do “Mais Médicos Campineiro”. Com previsão de 120 vagas de residência - atualmente, Campinas conta com 79 profissionais do programa federal - ou especialização em Medicina de Família e Comunidade, o município custeará bolsas de R$ 11 mil, uma carga horária de 40 horas semanais para atuação nas unidades de saúde.

O médico Pedro Tourinho, que é vereador pelo PT-SP e professor de medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, em entrevista ao Repórter SUS, programa produzido em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), disse que o objetivo do programa é substituir gradativamente os profissionais do programa federal, cujos contratos acabam entre 2020 e 2021.

Segundo Tourinho, a partir do diálogo com a Câmara de Vereadores e o Conselho Municipal de Saúde, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas enviou em formato de lei proposta de oferta de bolsas que vão complementar as bolsas de Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade e oferta de curso lato sensu, em parceria com as universidades Unicamp, PUC-Campinas e São Leopoldo Mandic.

“A ideia é transformar a região de Campinas numa rede de saúde escola, porque é uma rede vigorosa, com acumulado de conhecimento interessante e com essa complementação de salário, a gente tem convicção que irá atrair médicos do Brasil inteiro para vir aqui trabalhar e, sobretudo, construir massa crítica para trabalhar na Atenção Primária de forma qualificada”, acredita o parlamentar.

Edição: Cecília Figueiredo/ Saúde Popular