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Repórter SUS | Iniciativa busca resgatar as farmácias vivas

Seleção de projetos dará apoio técnico a estados e municípios

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Medicamentos fitoterápicos fazem parte da Relação Nacional de Medicamentos do SUS.
Medicamentos fitoterápicos fazem parte da Relação Nacional de Medicamentos do SUS. - Foto: Conasems
Seleção de projetos dará apoio técnico a estados e municípios

Estão abertas até 28 de julho as inscrições da chamada pública de projetos para apoio à assistência farmacêutica em plantas medicinais e fitoterápicos, com ênfase em garantia e controle de qualidade. O edital de seleção nº 2, de 13 de junho de 2019, do Ministério da Saúde, tem por objetivo incentivar estados e municípios a participarem da iniciativa que terá investimento de R$ 8 milhões.

A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, criada em 2006, visa “garantir à população brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional”.

Medicamentos fitoterápicos fazem parte da Relação Nacional de Medicamentos do SUS. São aqueles obtidos com emprego exclusivo de matérias-primas ativas vegetais, plantas medicinais como guaco, espinheira santa, cáscara sagrada, alcachofra, babosa, salgueiro, aroeira, entre outras.

Sergio Monteiro, coordenador do Programa de Biodiversidade e Saúde do Fórum Itaboraí, unidade especial da Fiocruz Petrópolis, explica no Repórter SUS, programa produzido em parceria com a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz), a iniciativa que poderá recriar as farmácias vivas.

"Esse edital, em específico, foca muito nas farmácias vivas, nas farmácias de manipulação. Esse edital vem para injetar recursos nos municípios para que eles voltem a fazer o que tinha antigamente, a farmácia viva, e se perdeu ao longo do tempo", enfatiza Monteiro.

Por meio do apoio técnico oferecido a agricultores familiares, o coordenador do Programa de Biodiversidade e Saúde do Fórum Itaboraí acredita que é possível preservar as espécies e unir saber popular com conhecimento técnico-científico para o aprimoramento da assistência farmacêutica.

Edição: Cecília Figueiredo